2013-05-20 16:05:33

Museu do Louvre de Abu Dabi dedica espaço às três religiões monoteístas


Abu Dabi (RV) – Um dos mais famosos e visitados museus do mundo, o Louvre, que em Paris oferece um passeio pela arte universal, está ampliando seu alcance com uma exposição em Abu Dabi chamada “O nascimento de um museu”. A exposição é uma pequena mostra do que estará de forma permanente no futuro Museu do Louvre de Abu Dabi, desenhado pelo arquiteto francês Jean Nouvel e que deverá ser inaugurado em 2015.
Mesmo com a inevitável influência do museu francês, o projeto de Abu Dabi terá algumas particularidades. Um detalhe que lhe confere um caráter único é o processo de seleção de trabalhos artísticos, iniciado em 2009 e que consistiu em um estudo exaustivo para que as obras reflitam a história da arte ao longo de todas as épocas.
Até 20 de julho, estarão em exposição na Ilha de Saadiyat, concebida como um distrito cultural próximo à capital do rico Emirado, 130 das 460 obras que completarão o acervo do museu.
Da era mais antiga a mais moderna, a mostra percorre diferentes civilizações, reservando às três religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo.
Dentro das urnas de cristal pode ser observado um delicado quadro de marfim que mostra episódios da vida de Jesus Cristo e que remonta ao século XI. Também uma antiga cópia do Talmud, texto sagrado do Judaísmo e alguns versículos do Alcorão do século XIII.
Entre as obras mais valiosas, está 'Retrato de uma Dama', pintado em 1928 pelo espanhol Pablo Picasso (1881-1973) e adquirido pelo Louvre para abrilhantar o projeto de Abu Dabi.
A exposição inclui também uma fotografia tirada no Cairo, pelo francês Joseph Vilebert Deboulanger (1804-1892) que, intitulado “Ayusha”, é a imagem mais conhecida de uma mulher coberta com o véu islâmico.
Na coleção, também presentes obras da era otomana, pinturas sobre ceda, vindas do Japão, além de trabalhos de reconhecidos pintores ocidentais, como o italiano Giovanni Bellini (1433-1516) ou o francês Édouard Manet (1832-1883).
Com a intenção de dotar a pinacoteca de uma “alma do século XXI” - com obras procedentes das mais variadas partes do mundo e de todas as épocas -, o Museu do Louvre de Abu Dabi combina a experiência cultural francesa com os petrodólares dos Emirados, já a obtenção de obras valiosas é financiada pelo governo.
Para ter o nome do Museu do Louvre 'emprestado ' por 30 anos, os Emirados Árabes Unidos desembolsaram 1 milhão de euros, soma que a França pensa em investir no museu de Paris. (JE)








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