Igreja: multicuturalidade sim, mas interculturalidade é melhor
Roma
(RV) – Mais de dez mil pessoas são aguardadas domingo, 19 de maio, na Festa dos
Povos, que nesta edição terá sessenta estandes montados na praça diante da Basílica
de São João de Latrão. O momento central será a missa de meio-dia, celebrada pelo
bispo auxiliar de Roma, Dom Matteo Zuppi, animada por 27 comunidades étnicas, inclusive
a brasileira.
Organizada pela Caritas e a Migrantes diocesana, e pelos Missionários
Escalabrinianos, com a contribuição de associações de voluntariado, da Comunidade
de Santo Egídio e do Serviço Jesuíta para Refugiados, a festa é uma ocasião para descobrir
tradições e cultura, e informar-se sobre as associações que trabalham com estrangeiros.
Pe. Tarcisio Criveler, escalabriniano, é italiano, trabalhou 33 anos no Brasil
e atualmente em Roma, o padre está envolvido na organização deste evento.
Segundo
ele, vivemos numa realidade multicultural, mas para a Igreja isso não basta, pois
deve ser intercultural, ou seja, deve abranger o diálogo entre etnias, mentalidades
e origens, porque “é o diálogo que enriquece a Igreja”. Para Padre Tarcisio, é muito
bonito que a Festa coincida com Pentecostes, porque ajuda a entender que a Igreja
é exatamente o diálogo, é estar juntos e colaborar, nas diferenças.