2013-05-17 16:26:01

"Declaração de Viena" defende liberdade religiosa


Viena (RV) – “Nenhuma paz duradoura é possível sem o pleno reconhecimento da dignidade humana da qual cada liberdade, incluindo a liberdade religiosa, deriva”. É o que escrevem líderes religiosos na ‘Declaração de Viena’, divulgada nesta sexta-feira, após o encontro realizado dias 7 e 8 de maio na capital austríaca.

A subscrever a Declaração, representantes da Igreja Católica, Ortodoxa, Protestante, expoentes do islamismo, da comunidade hebraica, além de budistas, hinduístas, zoroastristas e siks, presentes no continente europeu.

Representando a Igreja Católica estavam o Arcebispo de Trento, Dom Luigi Bressan, o Bispo inglês William Kenney e o sacerdote Patrick H. Daly, Secretário Geral da COMECE, a Comissão que reúne as Conferências Episcopais da União Europeia. O encontro de Viena foi realizado na sede da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) e foi dedicado ao tema da “Liberdade religiosa: direitos e compromissos”.

“Como vimos ao longo da história – lê-se na Declaração –, a liberdade religiosa ou de credo, em particular das minorias, foi limitada por parte do Estado ou ameaçada por indivíduos ou grupos, quer leigos que religiosos. Unamos portanto as nossas forças para combater qualquer forma de ameaça ao pleno gozo da liberdade religiosa. Como líderes religiosos, reconhecemos a obrigação particular de denunciar as ameaças à liberdade religiosa dos outros quando estas partem de nossas comunidades”.

A Declaração transcreve uma série de compromissos que os líderes pretendem tomar, reafirmando também uma série de direitos, entre os quais aquela ‘de dar e receber educação religiosa na língua escolhida’, ‘a liberdade dos pais em assegurar a educação religiosa e moral aos próprios filhos em conformidade com as próprias convicções' e o 'direito dos fiéis e das comunidades em adquirir, possuir e usar textos sagrados e publicações religiosas na própria língua'.

“Nos comprometemos – conclui a Declaração – a cooperar entre nós e com outros grupos religiosos, instituições governamentais e inter-governamentais, na promoção da compreensão, do respeito e da cooperação entre todas as comunidades religiosas para a paz e o bem-estar de todos”. (JE)









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