La Paz (RV) – Após dez dias da queda de braço entre o governo e centrais sindicais,
a Igreja Católica na Bolívia lançou um pedido para que as partes deixem de lado as
atitudes intransigentes e busquem uma solução negociada por o bem do País. “É preciso
deixar de lado as atitudes fechadas e arrogantes, as posições inflexíveis e autoritárias,
e procurar uma solução de acordo com as reais possibilidade do País, que governo e
trabalhadores devem concordar pera o bem de todos”, sublinha um comunicado da Secretaria
geral da Conferência Episcopal Boliviana (CEB), publicada nessa quinta-feira, 16.
“Acreditamos que é justa e legítima a aspiração de todos os trabalhadores
a um salário condizente e a uma aposentadoria digna, de acordo com a Constituição
do Estado Plurinacional, os Direitos Humanos internacionais e a Doutrina Social da
Igreja. Todavia, este objetivo deve ser alcançado através de meios pacíficos e democráticos”,
destaca o documento. Lamentando que os mecanismos para exigir a atenção às demandas
é o conflito e confronto de forças, a Igreja encoraja os líderes sindicais e as autoridades
“a se empenharem no diálogo franco e construtivo".
O Secretário-geral da CEB,
Padre José Fuentes, acrescentou: “Eu acredito que ambas as partes são adultas” e podem
chegar a soluções negociadas, num ambiente de atitudes construtivas para poder garantir
o cumprimento dos acordos alcançados. “Um diálogo sincero, posições flexíveis de cada
lado, garantirão soluções pacíficas, uma vez que "falsas soluções impostas só levam
a violência”, disse o Secretário-Geral da CEB. “Essa racionalidade se impõe sobre
a intransigência e a violência”, já que o conflito e a confrontação “alimentam a espiral
de violência, põem em perigo a paz social no País e afetam o direito à livre circulação
de todos os cidadãos”, concluiu o sacerdote. (SP)