Festa dos Povos: o sonho de ter Papa Francisco. Ouça!
Roma
(RV) – Domingo, 19, Roma hospeda a 22ª edição da Festa dos Povos, evento promovido
pela Caritas. Com o tema “O encontro que transforma”, a festa é organizada pelos Missionários
Escalabrinianos, pelo Setor Migrantes de Roma, o Serviço Jesuíta para Refugiados,
pelas comunidades étnicas da capital e outras realidades de voluntariado. O dia começa
às 9h com a abertura de 60 estandes das comunidades e associações engajadas com os
migrantes e segue, ao meio-dia, a missa celebrada pelo bispo auxiliar de Roma, Dom
Matteo Zuppi, na Basílica de São João de Latrão, animada por 27 comunidades étnicas
diferentes.
A festa continua com um almoço com especialidades de todo o mundo,
e a partir das 15h, um espetáculo de folclore, com grupos de 33 nacionalidades.
Pe.
Tarcicio Criveler, escalabriniano, é italiano, mas morou 33 anos no Brasil, trabalhando
com a formação de jovens no sul do país. Atualmente em Roma, o padre está envolvido
na organização deste evento:
“Temos um sonho, que seria que Papa Francisco
participasse talvez aqui em São João de Latrão, ou uma vez poder fazer esta festa
na Praça São Pedro, com a presença dele, do momento que ele é tão sensível ao mundo
das migrações. Seja quando estava em Buenos Aires, seja em suas locuções destes últimos
tempos, como Papa, esta riqueza que se manifesta da Igreja de diferentes pessoas,
diferentes maneiras, que fazem realmente a grande riqueza da Igreja. Gostaríamos de
convidar as pessoas a não ter medo dos migrantes. Multiculturalidade significa, na
realidade, a aproximação de culturas diferentes. Como Igreja, gostaríamos de propor
a sociedade a interculturalidade, este ‘acolher’, este ‘ fazer-se próximo’, ser companheiro
no sentido de aquele que partilha seu próprio pão. A Igreja é exatamente um povo que
caminha no respeito de cada um, de cada realidade, de cada pessoa, porém caminhar
juntos com um objetivo comum, o mesmo de Jesus Cristo: para que tenham vida, e a tenham
em abundância. É bonito, uma vez por ano, reunir-se e fazer festa juntos. É uma das
dimensões típicas dos migrantes em Roma. O trabalho é feito nas paróquias, igrejas
e comunidades, coordenado pela Caritas e pela Migrantes de Roma: este trabalho pequenino,
de formiguinhas, precisa se unir para mostrar realmente quando podemos ser Igreja
juntos, quanto é bonito se acolher, conviver e celebrar a fé juntos”. (CM)