2013-05-10 18:39:37

Colômbia em festa pela canonização de Madre Laura Montoya, a primeira santa do país


Bogotá (RV) - A Colômbia viverá no próximo domingo um dos acontecimentos religiosos mais marcantes de sua história, a canonização da Madre Laura Montoya, sua primeira santa. A religiosa que foi professora, missionária, escritora e, sobretudo, defensora dos direitos dos indígenas, será elevada à honra dos altares em cerimônia presidida pelo Papa Francisco e realizada na Praça São Pedro.

O Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, anunciou em 20 de dezembro passado a autorização de Bento XVI para canonizar Laura Montoya, após a comprovação de dois milagres atribuídos à sua intercessão.

Em 2004 já havia sido comprovada a intercessão da religiosa na cura inexplicável de uma mulher com câncer no útero, o que levou o Papa João Paulo II a beatificá-la.

O milagre ocorreu em 1994 quando as irmãs da Congregação das Missionárias de Maria Auxiliadora e Santa Catarina de Sena, fundada por Madre Laura, deitaram Hermínia González, doente de câncer, na cama em que havia morrido a beata em outubro de 1940. A mulher ficou curada.

Um ano depois, em 2005, a Igreja comprovou uma nova intervenção de Madre Laura, que permitiu a cura do médico Carlos Restrepo, que superou uma enfermidade terminal.

“Eu somente me lembrei dela e rezei como qualquer católico num momento de dificuldade. Pedi a ela que me ajudasse a sair da situação em que eu estava”, recorda o Dr. Restrepo em declarações à mídia colombiana. O médico acrescenta que “meus sinais vitais começaram a melhorar. Sentia menos dor e estava mais tranqüilo. Com o tempo a recuperação foi completa”.

Com a canonização da Madre Laura Montoya, a Colômbia, onde 80% da população professa o catolicismo, viu um despertar da fé e da devoção, especialmente em Medellín, onde está o convento da congregação e em Jericó, a cidade do departamento de Antioquia, onde ela nasceu em 26 de maio de 1874.

Tanto em Medellín como em Jericó, os fiéis já começaram a mobilizar-se em função da cerimônia do próximo domingo. A euforia religiosa dos colombianos também tem a ver com o fato de a nova santa ter descendentes diretos ainda vivos, como é o caso de sua sobrinha neta Sofía Montoya, que não poderá assistir à canonização de sua tia-avó em Roma por falta de recursos financeiros.

No entanto, a família Montoya estará representada na Praça São Pedro por centenas de colombianos, tendo a frente o Presidente Juan Manuel Santos e alguns de seus ministros, assim como pelo médio Restrepo, que não quer perder a cerimônia de canonização de quem intercedeu pela sua cura. (JE)








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