Rio de Janeiro (RV) - Ao surpreender o mundo com a eleição de um Papa “do fim
do mundo”, a recente nomeação de Jorge Mario Bergoglio – o Papa Francisco – para o
trono de Pedro parece confirmar o ditado popular de que todos os caminhos levam a
Roma.
Primeira biografia escrita e publicada desde a escolha do novo Pontífice,
elaborada pela jornalista argentina Evangelina Himitian, do jornal La Nación, 'A vida
de Francisco – o papa do povo' percorre a trajetória do primeiro pontífice latino-americano.
O livro faz parte da lista de produtos oficiais da JMJ Rio2013 e foi anunciado durante
a coletiva da manhã desta terça-feira, 7.
O livro narra a vida do homem comum,
de hábitos simples e austeros, que nunca se distanciou dos afazeres corriqueiros como
preparar as próprias refeições e utilizar o transporte público, e que hoje tem em
suas mãos os desígnios de uma instituição com dois mil anos de história.
Do
menino que teve nos ensinamentos de sua avó Rosa Margarita Vasallo o despertar para
a vida religiosa, ao jovem que enfrentou o desgosto da mãe diante da escolha de seu
filho pela vida dedicada à fé, até o religioso maduro e comprometido com o Evangelho,
Bergoglio aprendeu a superar os obstáculos que se apresentavam no caminho.
Com sua nomeação como Papa, surgiram diversos relatos sobre momentos sublimes
de solidariedade, como as doações para as famílias humildes na Igreja da Misericórdia,
a proximidade com os jovens e o gosto pela vida pastoral. Numa missa celebrada para
familiares de vítimas da violência, uma mulher que havia perdido a filha assassinada
num assalto em 2011 rompeu em lágrimas. O então cardeal interrompeu as orações, sentou-se
a seu lado e a abraçou. O gesto sintetiza a visão do Papa sobre seu papel e o sonho
com uma Igreja humilde, comprometida em levar o Evangelho para além de seus templos.
E assim, Francisco chegou a Roma.
Evangelina Himitian é jornalista e escritora.
Formada pela Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales, esteve por seis anos
à frente da cátedra de jornalismo ambiental desta universidade. Desde 1999 trabalha
no jornal La Nación, nas seções de informação geral e sociedade, e se especializou
em pesquisar temas relacionados à pobreza, à família e a diferentes fenômenos sociais
no âmbito da justiça civil. Há cinco anos é responsável por um programa de rádio.
Em 2005, ganhou uma bolsa da Fundación Nuevo Periodismo Internacional, dirigida por
Gabriel García Márquez, em Cartagena das Índias, na Colômbia. Em 2007, recebeu uma
distinção da Asociación de Entidades Periodísticas de Argentina na categoria de interesse
geral e, em 2009, ganhou o primeiro prêmio desse concurso na categoria direitos humanos.
Desde
2006 trabalha na equipe de imprensa dos encontros ecumênicos que já foram promovidos,
entre outros, pelo padre Jorge Bergoglio. (cm-jmj)