2013-05-07 13:43:53

Mianmar: arcebispo faz apelo em prol da paz


Oakkan (RV) - “Elevar juntos um apelo à paz e à harmonia inter-religiosa; solicitar que o governo adote medidas urgentes para proteger as comunidade mais vulneráveis e deter aqueles que incitam ao ódio e à violência”: essa a mensagem dirigida a todos os líderes religiosos de Mianmar por Dom Charles Maung Bo, Arcebispo de Yangun, enquanto o país é atravessado por uma espiral de violência inter-religiosa, promovida, sobretudo, por grupos budistas contra comunidades muçulmanas.

“Doi o coração ao ver surgir o ódio e a intolerância religiosa em Mianmar, e ainda mais ao ver episódios terríveis de violência e destruição”, escreve o bispo, em uma mensagem enviada à agência Fides. Trata-se de um forte “apelo pessoal aos meus irmãos e irmãs budistas e muçulmanos a unirem-se para construir uma nação na qual as pessoas de todas as religiões e etnias possam viver no respeito pelo outro, em paz e dignidade”, reafirma.

O arcebispo se disse “muito preocupado”. De fato, “se a violência que vimos em Oakkan e em outros lugares, e precedentemente em Meikhtila e no Estado de Rakhine continuar, a nossa frágil liberdade poderia acabar e Mianmar poderia precipitar em um circulo vicioso de ódio, violência e tumultos”.

A mensagem, convidando “todos aqueles que desejam a paz e a harmonia a unirem-se e a falar abertamente”, pede ainda a todos os líderes religiosos que busquem “o que de mais bonito existe nos seus ensinamentos e filosofias” e viver segundo os princípios da “Metta” (gentileza amorosa), “Karuna” (compaixão), “Salam” (paz).

O bispo recorda preceitos como “ame o próximo como a si mesmo” e retoma as palavras do Papa Francisco, que recentemente convidou os cristãos a serem uma “comunidade de amor”. “Dirijo o apelo do Papa a todas as pessoas de Mianmar”, afirma, destacando “as novas oportunidades que se abrem em Mianmar, para construir uma nação livre e aberta ao mundo”.

“Mas, para ser uma comunidade, com uma visão positiva do futuro – conclui – temos necessidade de ser um povo que diz “não” ao ódio e à violência. Por isso, do profundo do meu coração, grito duas palavras aos meus irmãos e irmãs de todas as comunidades do meu amado país: paz e amor”. (SP)








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