ONU lança no Brasil site sobre segurança de jornalistas
Nova York (RV) - As Nações Unidas comemoram nesta sexta-feira, 3 de maio, os
20 anos do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
Numa mensagem conjunta, o
Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, e a diretora da Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, afirmam que mais de
600 jornalistas foram mortos nos últimos 10 anos, a maioria durante a cobertura de
notícias locais.
A média de um jornalista assassinado por semana levou a ONU
a escolher a segurança como o tema deste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Ban
Ki-moon e Irina Bokova lamentam que entre 10 assassinatos, a punição aconteça em apenas
um caso.
No Brasil, a organização lança um site sobre a situação dos profissionais
da comunicação. Do Rio de Janeiro, o Diretor do Centro de Informação da ONU no Brasil,
Unic Rio, Giancarlo Summa, falou com a Rádio ONU sobre a novidade.
"Segurança
de Jornalistas é um site especial sobre essa questão cada vez mais crucial. Não há
a possibilidade de haver uma verdadeira democracia, uma verdadeira liberdade de expressão
quando jornalistas são mortos por fazer seu trabalho, por informar a população. Isso
é inaceitável, isso tem que parar, no Brasil e no mundo. Em cada país, tem que ser
feito o máximo para permitir que a democracia seja plena."
O novo site é produzido
pelo Unic Rio e pela UNESCO, com informações de várias ONGs, como a Repórteres sem
Fronteiras e o Instituto Vladimir Herzog.
Segundo Giancarlo Summa, somente
neste ano, quatro jornalistas foram assassinados no Brasil: dois em Minas Gerais,
um no Rio de Janeiro e outro no Ceará.
As Nações Unidas e a UNESCO defendem
que as ações para proteger os jornalistas devem incluir meios de comunicação tradicional,
como jornal e rádio, e também as mídias digitais.
Segundo Ban e Bokova, blogueiros
e produtores de conteúdo para redes sociais enfrentam cada vez mais ameaças físicas
e psicológicas, além de ciberataques. (MJ/Rádio ONU)