2013-05-02 12:30:39

Papa Francisco: sociedade que não dá trabalho ou explora os trabalhadores é injusta


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Ontem dia 1º Maio em que a Igreja faz memória de S. José Operário e internacionalmente se celebra o Dia do Trabalhador, o Santo Padre denunciou na audiência geral a visão economicista da sociedade que procura o lucro egoísta. E no início não deixou de valorizar a importância do trabalho na vida de Jesus:

"Jesus nasce e vive numa família, na Santa Família, aprendendo de São José a profissão de carpinteiro, na oficina de Nazaré, partilhando com ele o empenho, o trabalho, a satisfação e também as dificuldades de todos os dias. Isto chama-nos a atenção para a dignidade e a importância do trabalho."

Dirigiu-se depois em concreto aos jovens:

"Gostaria de dirigir-me em particular a vós jovens: empenhai-vos no vosso dever quotidiano, no estúdo, no trabalho, nas relações de amizade, na ajuda aos outros; o vosso futuro depende também da como saibais viver estes preciosos anos de vida. Não tenhais medo do empenhamento, do sacrifício e não olhais com medo para o futuro; mantenham viva a esperança: há sempre uma luz no horizonte."

No final da audiência convidou os fieis a confiarem na força da oração:

"Recordemo-nos mais do Senhor no nosso dia-a-dia. Durante este mês de maio gostaria de chamar a atenção para a atenção para a importância e a beleza da oração do Santo Rosário. Recitando a Ave Maria somos conduzidos a contemplar os mistérios de Jesus, a refletir sobre os momentos centrais da sua vida, para que, como para Maria e José, Ele seja o centro dos nossos pensamentos, das nossas atenções e das nossas acções."

Já na missa matinal celebrada na Casa de Santa Marta no dia de ontem o Papa Francisco tinha chamado a atenção para a dignidade que o trabalho dá ao ser humano:

"O trabalho dá-nos dignidade! Quem trabalha é digno, tem uma dignidade especial, uma dignidade de pessoa: o homem e a mulher que trabalham são dignos. Pelo contrário, aqueles que não trabalham não têm esta dignidade. Mas são muitos aqueles que querem trabalhar e não podem. Este é um peso para a nossa consciência, porque quando a sociedade está organizada de tal forma que nem todos têm a oportunidade de trabalhar, de ser ungidos da dignidade do trabalho, aquela sociedade não vai bem: não é justa! Vai contra o próprio Deus, que quis que a nossa dignidade comece a partir daqui".








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