2013-04-30 13:43:31

Síria: oração pelos bispos sequestrados


Aleppo (RV) - Os dois bispos ortodoxos mantidos como reféns em Aleppo continuam nas mãos dos seqüestradores. Foi o que confirmou à agência AsiaNews Dom Jean Clement Jeanbart, Bispo greco-melquita de Aleppo. O prelado sublinha “que as Igrejas Católica e Ortodoxa, estão fazendo o possível para buscar uma mediação com os sequestradores, mas até o momento ninguém compreende as razões de tal gesto e quem está por detrás desses criminosos”.

Dom Yohanna Ibrahim, Bispo da Diocese siro-ortodoxa de Aleppo e Dom Boulos Yaziji, da Diocese greco-ortodoxa da cidade, foram sequestrados no último dia 22 de abril em Kafr Dael, 10 km de Aleppo, na fronteira com a Turquia. O seu motorista, um diácono siro-ortodoxo, foi assassinado.

Também o Patriarca greco-ortodoxo de Antioquia e de todo o Oriente, João X, lançou um apelo pela libertação dos dois bispos. “Aproveito a oportunidade para fazer um apelo à comunidade internacional – disse o patriarca – para incentivá-la a fazer todo o possível para libertar os reféns cuja ausência é causa de sofrimento; a colocarem um ponto final nesta tragédia e também evitar todos os risco que poderiam resultar das prováveis consequências”.

O sequestro ocorreu em um momento particular para as Igrejas Ortodoxas que no último domingo celebraram o “Domingo de Ramos”, festividade conduz à Semana Santa e à celebração da Páscoa, domingo, 5 de maio.

No domingo os chefes das Igrejas cristãs presentes em Damasco convocaram uma vigília de oração, na igreja greco-ortodoxa da Santa Cruz, no bairro de Kassa'a, para invocar a libertação dos dois prelados sequestrados.

Também em Aleppo, na noite do último sábado, 27 de abril, uma vigília de oração foi realizada na catedral greco-ortodoxa: “a igreja estava cheia de fiéis. Tratou-se de uma oração simples e vivida com grande dignidade. Agora para todos é o tempo da espera”, declara à agência Fides o Bispos caldeu de Aleppo, Dom Antoine Audo, que participou da oração junto com Dom Jean- Clément Jeanbart, Arcebispo metropolita de Aleppo dos greco-melquitas e a cerca de 15 sacerdotes católicos.

“Há uma tristeza difusa”, refere Dom Audo, “ninguém tem vontade de criar situações de festa, Para todos os cristãos, o sequestro dos dois bispos e de dois sacerdotes no último mês de fevereiro representam um fato muito grave, que interroga todos”.

Também os cristãos de Kamishly, na Mesopotâmia síria, sábado de manhã, após a missa celebrada na igreja dos sírio-ortodoxos, dedicada a Maria, fizeram uma manifestação pública da qual participaram eclesiásticos e fiéis de todas as Igrejas e comunidades cristãs da cidade, para pedir a libertação dos bispos sequestrados. (SP)








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