Dia do Trabalho: proximidade dos bispos italianos às vítimas da crise
Veneza (RV) – Os bispos da região italiana do Trivêneto publicaram nos semanários
diocesanos do nordeste da Itália uma mensagem para 1º de maio, Dia do Trabalhador.
“É hora de mudar a marcha, renovar o compromisso e a disponibilidade de todos para
o trabalho: bancos, empresas, sindicatos, sociedade civil, comunidade política”.
A mensagem transmite “proximidade humana e cristã àqueles que sofrem pela
falta desse bem necessário à realização na vida, que é o trabalho. O trabalho sempre
foi e é considerado pela Igreja como um direito humano fundamental; de certa forma,
a ferramenta indispensável para se abordarem e solucionarem as várias questões sociais”.
“A
crise é muito grave”, continuam os bispos, “e nós, como realidade eclesial, também
estamos envolvidos nela com íntima e dolorosa participação. Uma participação que cresce
mais a cada dia e que, juntamente com as nossas dioceses, nos leva a compartilhar
o drama diário de pessoas, especialmente de trabalhadores e empreendedores, que estão
sem trabalho e sem futuro; de famílias perturbadas pela incerteza paralisante e pelo
sentir-se no meio de uma estrada que não leva a lugar nenhum; de jovens rejeitados
pelo mercado de trabalho e que têm negada a oportunidade de começar uma família e
de realizar a própria personalidade”.
Além do trabalho, prosseguem, “precisa-se
salvaguardar o bem imensurável da coesão social e, acima de tudo, da coesão espiritual
e cultural dos nossos povos, que, enriquecidos pelo dom da fé e pelo trabalho exemplar
e inteligente, têm sido capazes de realizar obras memoráveis de desenvolvimento humano
ao longo dos anos. Uma visão renovada e compartilhada do valor do trabalho, do direito
a ele e dos direitos que acompanham o seu exercício: é isto o que permitirá a prática
das exigências éticas fundamentais, muito urgentes, que traçam o perfil integral,
comunitário e solidário dos processos do nosso desenvolvimento e da nossa convivência”. (cm-zenit)