2013-04-23 18:50:51

Detentos participam do encerramento do encontro da Pastoral Carcerária do Regional Leste 2


Juiz de Fora (RV) - Dezenas de católicos de Minas Gerais e Espírito Santo participaram nesse fim de semana, 19 a 21 de abril, do encontro da Pastoral Carcerária do Regional Leste 2.

O evento realizou-se na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Juiz de Fora (MG). A missa do último dia do encontro foi presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, que teve a participação de cerca de 30 detentos do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp). A comunidade e autoridades também estiveram presentes.

A participação dos encarcerados faz parte do projeto "Preso na Missa - recuperado pela oração", que já acontece uma vez por mês na comunidade, uma parceria entre a Pastoral Carcerária da cidade e o Ceresp.

Durante a homilia, Dom Gil comparou a data, Domingo do Bom Pastor, com o trabalho do grupo católico. "O agente da Pastoral Carcerária é o Bom Pastor. Sua missão é ajudar os irmãos que estão nessa situação de opressão. Todos nós estamos em situação de risco e Cristo quer tirar todos do perigo", destacou.

D.R.*, mãe de dois detentos presentes na celebração, deu seu testemunho: "Agradeço à pastoral e a todos que permitem a realização deste lindo trabalho. Posso dizer que meus filhos deixaram de ser traficantes e hoje são homens", disse emocionada.

Um dos participantes do encontro, Laércio Santos, veio da Diocese de Araçuaí (MG) e garantiu que levará "muitos bons exemplos" para sua cidade. Já Luiz Melchíades da Costa, da Diocese de Governador Valadares (MG), contou que "usará a semente do encontro para fortificar a caminhada de seu grupo', que atua há dez anos na cidade de Aimorés. Outro participante de Governador Valadares, Milton Ribeiro, ressaltou que ter contato com os projetos da pastoral de Juiz de Fora foi algo "muito marcante".

O encontro teve como tema "Profecia a serviço da dignidade humana" e o objetivo de formar pessoas interessadas em trabalhar na Pastoral Carcerária.

* Para preservar a família, foi dado um nome fictício à mãe dos encarcerados.

(MJ/CNBB)







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