2013-04-22 14:23:15

Cidades mais humanas, pede o arcebispo de Londres, Dom Vincent Nichols


Londres (RV) - Em debate na Catedral de Saint Paul, Dom Vincent afirmou que a crise econômica contribuiu para acentuar a sensação de isolamento das pessoas que moram em anônimos arranha-céus, quase sempre sozinhas. Mas – questionou – se as cidades são formadas por pessoas que nelas habitam e trabalham, devemos nos perguntar: “Que tipo de cidade queremos? Cidades impessoais ou cidades de pessoas vivas? Cidades que ajudem a população em seu bem-estar ou cidades que induzam à depressão e ao desconforto?”.

Dom Vincent Nichols destacou o valor humano das comunidades, principalmente do ponto de vista psicológico. “As relações fazem parte de nossa realidade humana; não somos simples indivíduos isolados. Nascemos em comunidades: em nossa família, em nosso país encontramos a realização no contato com os outros no âmbito da sociedade. Como cristãos, nosso modelo é a sociedade trinitária divina”.

O arcebispo contextualizou suas afirmações com a história: “Na antiga Grécia – explicou – a ‘polis’ era uma comunidade de cidadãos que vivia em estilo democrático. Aristóteles a codificou com o termo ‘política’, no sentido de construção virtuosa a serviço do bem comum. Em qualquer cidade onde vivemos, estamos no mesmo barco e cada um é responsável por todos”.

Nossas cidades nasceram destes fundamentos, porque seus habitantes eram unidos por relações de confiança e solidariedade. Hoje, vemos fechamentos egoístas onde cada um faz as suas coisas: a acentuação dos interesses pessoais mina o conceito de comunidade urbana e as próprias instituições. “Assim não existe mais tecido urbano!” - concluiu.
(CM)








All the contents on this site are copyrighted ©.