2013-04-19 18:22:14

Cardeal Vegliò aos circenses: a arte de vocês é exemplo de fraternidade num mundo individualista


Cidade do Vaticano (RV) - A arte circense é portadora de uma mensagem de solidariedade e fraternidade, que a Igreja aprecia com reconhecimento.

É o que afirma o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Cardeal Antonio Maria Vegliò, na Mensagem endereçada ao presidente da Federação Mundial do Circo, que neste sábado, dia 20, celebra a IV Jornada dedicada ao tema.

Encontra-se ainda fresco na memória de muitos artistas e trabalhadores deste setor a audiência que há pouco mais de quatro meses e meio – era dezembro de 2012 – Bento XVI concedeu às pessoas do espetáculo itinerante, que compreende também pessoal do parque de diversões, fantoches, artistas de rua e outras categorias.

O Cardeal Vegliò cita em sua mensagem uma consideração do Papa emérito, que naquela ocasião evidenciou que a tradição circense é caracterizada tanto pelo "diálogo entre as gerações" quanto por um profundo "sentido da amizade" e do "gosto pelo trabalho de equipe".

Exteriormente, no contato com o público, o circo, com os seus números e com as suas coreografias "cria ocasiões únicas de comunicação" e "oportunidade de lazer sereno, do qual o homem de hoje tem tanta necessidade", observa o Cardeal Vegliò citando ainda Bento XVI.

"Com esta mensagem – prossegue o purpurado – desejo expressar o reconhecimento da Igreja às associações e aos artistas circenses do mundo inteiro", de modo particular àqueles circenses que "com coragem e generosidade – afirma o Cardeal Vegliò – vão a países atingidos por guerras, pela violência e por calamidades naturais, para oferecer a tantas pessoas que sofrem – especialmente às crianças e aos anciãos – momentos de paz, relaxamento e alegria".

O presidente do referido dicastério vaticano conclui recordando as palavras do Papa Francisco pronunciadas exatamente um mês atrás, na missa de início de seu ministério petrino: "Temos necessidade de ver a luz da esperança e de dar a nós mesmos a esperança."

E um reflexo dessa luz, num mundo "não raramente egoísta e individualista", pode-se colher também mediante o talento atlético e artístico que os circenses sabem oferecer com generosidade a quem vai aplaudi-los. (RL)







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