Rio de Janeiro (RV) – A JMJ Rio2013 será um dos grandes eventos no Rio de Janeiro
nos próximos anos e seu legado tem tudo para ser um dos maiores legados já deixados
por um evento na cidade-sede. A maioria da população já sabe que a Jornada Mundial
da Juventude movimenta milhões de jovens em todo o mundo, que peregrinam para estarem
em comunhão com a Igreja e se encontrarem com o Papa. No entanto, são poucos os que
compreendem que, além do crescimento espiritual e da oportunidade de viver um encontro
inesquecível, a JMJ traz consigo um ganho social e cultural para a sociedade em geral,
fora o aspecto econômico.
Um relatório divulgado pela organização da JMJ de
Madri, realizada em 2011, mostra um impacto econômico de aproximadamente R$ 920 milhões
(cerca de 354 milhões de euros) na Espanha. O estudo, realizado pela PwC (PricewaterhouseCoopers),
apontou que os gastos feitos por estrangeiros em Madri foram de 147 milhões de euros.
Os cálculos foram baseados no gasto direto da organização da JMJ e em dados recolhidos
através do Instituto de Estatística da Comunidade de Madri e pelo Instituto Nacional
de Estatística.
Indicativos históricos do evento mostram que os peregrinos
permanecem no país de 4 a 6 dias a mais. Assim, ao visitarem a cidade, eles entram
em contato com a cultura local e seu interesse em retornar ao país em outras oportunidades
aumenta. Com isso, sediar um evento desta magnitude é um investimento com retorno
econômico para muitas empresas, como restaurantes, hotéis, e geração de emprego direto
e indireto para muitas pessoas. Na Espanha, o impacto econômico da JMJ foi de três
mil postos de trabalho em Madri e cinco mil no território espanhol.
Ao mesmo
tempo, o legado evangelizador da jornada diz respeito aos desafios da Nova Evangelização.
A JMJ tem como principal objetivo reforçar a experiência de cada jovem com o Amor
de Cristo e firmá-lo na fé. Por meio da vivência da fé comum que une pessoas de culturas,
idiomas e hábitos diferentes, a JMJ busca levar a juventude a um sentimento de pertença
à Igreja de Cristo e motiva a todos a viver e transmitir esta mesma fé. E todos são
chamados a participar. Assim surgiu o Fundo de Solidariedade, que teve como objetivo
facilitar a participação na JMJ dos jovens que não têm condições de pagar os custos
da viagem ao Rio de Janeiro.
Por fim, mas não menos importante, a JMJ Rio2013
deixa dois legados sociais muito importantes para a cidade do Rio de Janeiro: um trabalho
de ajuda e inclusão a dependentes químicos e o projeto Vozes Católicas. O trabalho
contra o envolvimento com as drogas por parte dos jovens agregará a criação de uma
rede de intercâmbio entre instituições religiosas e civis e um centro de triagem.
Além disso, será implementado o Passaporte da Cidadania, que consiste em um ônibus
equipado com diversas tecnologias para promover a inclusão de dependentes químicos
à sociedade. Já o Vozes Católicas, projeto criado em 2010 no Reino Unido para facilitar
o trabalho dos meios de comunicação durante a cobertura da visita do Papa Bento XVI,
tem como objetivo dar suporte ao esclarecimento de temas ligados à Igreja Católica
na mídia.
Com isso, a JMJ Rio2013 vem, não com o intuito de movimentar a economia
da cidade do Rio de Janeiro, mas para mostrar à sociedade que cultura e fé estão aliadas
e rendem bons frutos, legados importantes que servem de exemplo para a sociedade em
geral. Ao colocar o jovem como sujeito do processo, ele, em nome do evangelho, se
vê como protagonista e vive uma experiência que o marca significativamente. A partir
daí, ele sai do Rio de Janeiro para levar histórias, cultura e demais aspectos para
o mundo inteiro, fazendo discípulos entre as nações. (CM-jmj)