2013-04-17 17:15:56

Bispos bolivianos defendem mudança de mentalidade para conter violência contra mulheres


La Paz (RV) – A Igreja na Bolívia defende a necessidade de uma mudança de mentalidade na ‘machista’ e ‘tolerante’ sociedade do país andino, como forma de combater a violência contra as mulheres, que registra níveis alarmantes.

Por ocasião da conclusão da Assembléia dos Bispos da Bolívia, foi emitido um comunicado onde os prelados valorizam as novas leis aprovadas para conter a violência “que atinge principalmente mulheres e crianças”.

A Bolívia é um dos países que registram os mais altos índices de maus-tratos a mulheres. O governo Evo Morales aprovou, em março passado, uma nova lei sobre a violência contra as mulheres, punindo o delito com 30 anos de prisão, sem direito a indulto.

Os Bispos, no comunicado, consideram a necessidade "de se impulsionar uma mudança de mentalidade na nossa sociedade, marcada pelo machismo e pela tolerância ao álcool, e implementar mecanismos de prevenção, envolvendo as famílias, a comunidade educacional e toda a sociedade”.

A mensagem também faz alusão à “dramática realidade dos presos” na Bolívia e demonstra apreço que o Executivo tenha aprovado no final do ano passado um indulto massivo, tal e como havia solicitado a Igreja, para aliviar a superlotação nas prisões do país. Os prelados pedem que seja intensificada esta medida, que se agilizem os processos judiciais e que o Estado intervenha urgentemente “para melhorar as estruturas carcerárias e superar as condições desumanas em que vivem os presos”.

Em dezembro passado, quando foi aprovado o indulto, existiam 13.840 detidos no sistema penal boliviano, cerca de 3 mil a mais que no ano anterior, segundo dados oficiais.

A Igreja também apelou para que seja superada na Bolívia “a instrumentalização da justiça por interesses políticos e econômicos, que provocam tanto sofrimento às vítimas”.

A mensagem abordou também o conflito gerado pela construção de uma estrada que deve atravessar o território indígena do Parque Nacional Isiboro Secué (TIPNIS), o que provocou confrontos entre o governo e os indígenas. (JE)








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