Roma (RV) - O fenômeno das migrações requer o início de um diálogo entre as
civilizações: esta foi uma das conclusões do congresso realizado nesta segunda-feira
na Universidade Lateranense, em Roma, com a participação, entre outros, de Dom Silvano
Maria Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé na Organização Internacional para
as Migrações.
O reitor da Universidade Lateranense, Mons. Enrico dal Covolo,
abriu o Congresso fazendo votos de haja um a ideia de um direito internacional capaz
de atuar uma reconciliação.
Diálogo, regras jurídicas e impacto da globalização
sobre as migrações foram alguns dos temas do simpósio. Especial atenção foi dada ao
fenômeno do tráfico de seres humanos que, como recordou Mons. Dal Covolo, o próprio
papa Francisco definiu como “a escravidão mais extensa” neste século.
“Entre
migrantes, refugiados, migrantes internos, vítimas de tráfico, falamos de mais de
um bilhão de pessoas! Portanto, é um setor da pastoral da Igreja que deve ser apoiado,
e que a ação e a sensibilidade humana e cristã do Santo Padre reforçará”.
As
migrações, disse Dom Tomasi, “manifestam a universalidade e a unidade da família humana”
e “só podem ser melhor avaliadas num contexto mais amplo, de um desenvolvimento mundial
unitário e socialmente sustentável”.
Neste sentido, o papel da Igreja é fundamental,
recorda o Arcebispo: “Muitas comunidades religiosas e outras organizações católicas
estão se empenhando continuamente para resgatar principalmente as mulheres e as crianças
que são objeto do tráfico de pessoas. A sensibilização da opinião pública que é feita
continuamente pela Igreja ajuda os governos a proverem a medidas que possam prevenir
este problema”. (BF)