2013-04-16 18:38:03

Não à violência, não à guerra - apelam os Bispos de Moçambique


A conferência Episcopal de Moçambique que esteve reunida de 8 a 15 deste mês em Assembleia plenária ordinária, no Maputo, emitiu uma nota pastoral intitulada “Não à violência, não à guerra”.

Na sequência dos acontecimento de 3 e 4 deste mês em Manica e Sofala, em que diversas pessoas perderam a vida em confrontos armados e numa emboscada na estrada nacional n. 1, os bispos frisam que estes episódios assim como outros do passado são fruto da intolerância política que tem caracterizado os últimos anos e em que o partido no poder e a Renamo têm sido os protagonistas.
Então, retomando quanto já tinham afirmado na nota de Agosto do ano passado, a Conferência Episcopal Moçambicana volta a perguntar-se se este renhido antagonismo, falta de dialogo e tolerância entre os partidos mais fortes do país não constitui uma ameaça à paz e à democracia no país. E mais uma vez denunciam e condenam vigorosamente, as situações de injustiça, de exclusão social, de arrogância, intimidação, incitamento à violência verbal e física…
Dirigindo-se directamente ao Presidente da Republica, Armando Guebuza e ao líder da Renamo, Afonso Djakama, que não cessam de apregoar a importância da paz, os bispos voltam a recordar-lhes que só o diálogo, o respeito mútuo e a tolerância podem por termo a situações que podem descambar em violência mortais como as do início deste mês na Manica e Sofala…
Então, juntamente com o povo os bispos reafirmam o seu Não à Guerra, pequena ou grande que seja, armada ou verbal, venha donde vier e de quem vier. O caminho justo e correcto é o diálogo franco, honesto e respeitoso – escrevem na nota dirigida aos cristãos, às pessoas de boa vontade, às autoridade politicas, religiosas, civis e militares.
E terminam apelando a que se restabeleça o método do dialogo; a criar um ambiente de paz; que nenhum partido seja hostilizado... Chamam também a atenção para o perigo de as divisões constituírem uma ocasião para gananciosos se aproveitarem das riquezas do país e convidam o povo a não se deixar manipular por ninguém.
Os sacerdotes são exortados a serem solícitos em ajudar os fiéis e as pessoas de boa vontade a viver a politica na justiça, verdade e respeito recíproco, a serem verdadeiro ministros que promovem a paz e a reconciliação no seio do Povo.
A Nota é assinada pelos 13 bispos católicos do país que apresentam também uma palavra de comunhão e solidariedade na dor às famílias das vítimas dos acontecimentos de 3 e 4 de Março.

(Veja a versão integral na secção documentos, homilias, discursos...)








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