Cidade do Vaticano (RV) – Dia 16 de abril, Dia Mundial contra a Escravidão
Infantil, situação em que meninos e meninas menores de 18 anos desempenham atividades
econômicas de produção que afetam seu desenvolvimento pessoal ou têm seus direitos
violados.
Esta é uma realidade envolve atualmente 400 milhões de crianças,
segundo dados de organizações humanitárias, que indicam também que os menores representam
mais de 10% do potencial de mão-de-obra no mundo.
Estes pequenos escravos
geram cerca de 13 milhões de euros anuais ao Produto Interno Bruto mundial.
A
Confederação Espanhola de religiosos (Confer) elaborou um mapa das localidades do
mundo onde o fenômeno é mais frequente e em um comunicado, destaca que “indiretamente,
esta escravidão entra a fazer parte da nossa vida cotidiana. As bananas que comemos
ou o café que bebemos podem ter sido produzidos com o suor de crianças latino-americanas
ou africanas”.
As organizações apontam o dedo especialmente contra empresas
multinacionais que produzem desde automóveis e roupas até bebidas e tênis, “culpadas.
De explorar meninos e meninas nos países pobres com subcontratos para diminuir o preço
da mercadoria que é vendida em outros lugares e da qual aquelas crianças nunca poderão
usufruir”.
No dia de hoje, a proposta é lutar pela abolição total da escravidão
infantil e contra o desemprego e a precariedade do trabalho imposta aos adultos.
A
escolha do 16 de abril como Dia Mundial contra a Escravidão Infantil não é casual.
Nesta data, em 1995, Iqbal Masih, um menino de 12 anos, foi assassinado pela máfia
têxtil do Paquistão porque denunciou explorações. Ele foi vendido como escravo aos
quatro anos de idade, por 12 dólares, pelo próprio pai. Ao fugir da fábrica de tapetes
onde trabalhava, tornou-se porta-voz do drama das crianças trabalhadoras de todo o
mundo.
No Brasil, pequenos escravos são empregados na produção do carvão utilizado
para a fabricação do aço utilizado em automóveis e peças mecânicas. (CM)