Cidade
do Vaticano (RV) - O Evangelho de hoje nos fala da experiência pascal que os apóstolos
fizeram.
Todos estão reunidos em um dia comum de trabalho. Eles estão na barca
de Pedro, já que aceitaram sua liderança quando ele lhes comunicou que iria pescar.
No
momento do relato, eles estão no mar. Ora, o mar simboliza para a cultura judaica
da época, o mal, o conjunto das forças adversas ao homem. Jesus não está com eles,
mas na margem. Eles trabalham sozinhos, mas nada conseguem. Também nós, mesmo que
estejamos unidos, com boas intenções, belos projetos, mas sem contar com a presença
de Deus não frutificamos, e nosso trabalho se torna estéril.
Os discípulos
vão agora aprender, quando o desconhecido fala com eles e lhes dá a sugestão de jogar
a rede para o outro lado e a pesca se torna fecunda, que Deus sempre está com eles,
sempre. Mesmo que de modo diferente, aparentemente ausente, mas não os abandona. O
Senhor é o Emanuel, Deus Conosco.
Eles pescam 153 peixes. Por que o evangelista
faz questão de dar o número? Ele deseja dizer que a missão dos doze, da Igreja. é
pescar, é evangelizar toda a humanidade. 50 é o número que simboliza todo o povo.
3 significa a perfeição. 50 multiplicado por 3 dá 150 e adiciona-se a esse resultado
o número 3. É o povo multiplicado pela perfeição e unido a ela. Ora, a Igreja conduzirá,
toda a humanidade à libertação das forças da morte, do vínculo com o mal, de um modo
pleno!
Ao seu peixe, que já está na brasa, Jesus pede que os discípulos acrescentem
os pescados por eles.
Jesus soma ao seu trabalho de redenção da Humanidade,
todo o trabalho exercido pela Igreja. No final dos tempos, celebraremos juntos, o
banquete eterno nos céus.
O Evangelho tem uma segunda parte que é a entrega
de Jesus a Pedro, do governo da Igreja como seu pastor. A única exigência é amar,
amar sem condições, mais que seus companheiros. Portanto, ser pastor não é impor sua
vontade, mas vivenciar o seu amor a Cristo na entrega radical, absoluta e incondicional
pelos seus irmãos.
Também nós somos convidados ao trabalho generoso pelo Reino.
Amor com amor se paga! Ao amor de entrega, vivido por Jesus para nossa felicidade
eterna, segue nossa resposta de amor, procurando nossa semelhança, nossa identificação
com nosso Mestre e Senhor. (CAS)