Missão Continental: a eleição de um Papa filho da América Latina e desdobramentos
do Concílio na caminhada da Igreja
Cidade do
Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, voltamos ao nosso encontro semanal neste espaço
dedicado à Missão Continental proposta pela Conferência de Aparecida, qual fruto amadurecido
da Igreja na América Latina e Caribe nesta caminhada ao longo de 50 anos de realização
do Concílio ecumênico Vaticano II – caminhada esta cuja síntese encontramos no Documento
de Aparecida.
Como destacado dias atrás, indicamos os documentos de Medellín
(1968), Puebla (1979), Santo Domingo (1992) e Aparecida (2007) como desdobramentos
do Concílio Vaticano II. De fato, não só como acolhimento deste, mas também aplicação
e atualização do Concílio na realidade da América Latina.
A esse propósito,
na edição de hoje trazemos as considerações do bispo da Diocese de Jales, SP, Dom
Luiz Demétrio Valentini, que foi um dos membros da Comissão de redação do texto conclusivo
do Documento de Aparecida, Comissão esta da qual foi presidente, em maio de 2007,
o então arcebispo de Buenos Aires, Cardeal Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco.
Olhando
para o Ano da Fé vivido em nossas Igrejas particulares no Brasil em toda a América
Latina e Caribe, o bispo de Jales destaca a consistência e a validade do Concílio
Vaticano II, de cuja caminhada nestes 50 anos estamos vivendo os desdobramentos: a
Missão Continental – propondo a todos os batizados que sejam também discípulos e missionários
– é um dos frutos amadurecidos desta caminhada.
Referindo-se à eleição do Papa
Francisco, Dom Demétrio nos diz que nada melhor no ano em que estamos celebrando 50
anos da abertura do Concílio termos um Papa que de perto nos lembra de novo o impulso
renovador da Igreja desencadeado por João XXIII e levados depois em frente pelos outros
santos padres até hoje.
As considerações do bispo de Jales partem da questão
a ele proposta da seguinte forma: como o senhor vê este momento da Igreja tendo pela
primeira vez um Papa jesuíta, pela primeira vez um Papa chamado Francisco, pela primeira
vez um Papa filho da América Latina? Eis o que disse: (RL)