Conflitos e emergências humanitárias: a audiência de Francisco com Ban Ki-Moon
Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã desta terça-feira, 9, o Papa Francisco recebeu
em audiência, no Vaticano, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon.
Segunda
nota da Sala de Imprensa da Santa Sé, o encontro expressa o apreço que a Santa Sé
nutre pelo papel central da Organização na preservação da paz no mundo, na promoção
do bem comum da humanidade e na defesa dos direitos fundamentais do homem.
Na
audiência, falou-se de temas de interesse recíproco, em especial as situações de conflito
e de grave emergência humanitária, sobretudo na Síria, e outras, como na península
coreana e no Continente africano, onde a paz e a estabilidade estão ameaçadas. Acenou-se
ainda ao problema do tráfico de pessoas, em especial das mulheres, e ao dos refugiados
e dos migrantes.
O Secretário-Geral da ONU, que recentemente iniciou o segundo
mandato no cargo, expôs o seu programa para o quinquênio, centralizado, entre outras
coisas, na prevenção dos conflitos, na solidariedade internacional e no desenvolvimento
econômico justo e sustentável.
O Papa Francisco recordou também a contribuição
da Igreja Católica, a partir da sua identidade e com os meios que lhe são próprios,
a favor da dignidade humana integral e da promoção de uma Cultura do Encontro que
ajude os mais altos fins institucionais da Organização.
No início da audiência,
Ban Ki-Moon saudou o Papa Francisco com palavras muito significativas: “Estou honrado.
É muito importante encontrar o líder espiritual do mundo no início do seu mandato”.
O
Papa respondeu, dizendo que também ele estava muito contente com a visita. Na troca
de presentes, o Secretário-Geral ofereceu a Carta das Nações Unidas nas seis línguas
oficiais (árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol). Francisco, por sua vez,
entregou um mosaico de Roma. O colóquio privado durou cerca de 20 minutos.
Sucessivamente,
Ban Ki-Moon se reuniu com o Secretário de Estado, Card. Tarcisio Bertone, que estava
acompanhado do Subsecretário das Relações com os Estados, Mons. Antoine Camilleri.