Mons. Bart: a misericórdia de Deus brota da Paixão de Cristo
Cidade do Vaticano (RV) - A Igreja celebrou neste 7 de abril, II domingo de
Páscoa, a Festa da Divina Misericórdia, instituída 13 anos atrás por João Paulo II.
Sobre a importância desta festa a Rádio Vaticano entrevistou o reitor da igreja romana
do "Santo Spirito in Sassia", Mons. Jozef Bart, dedicada pelo Beato Wojtyla ao culto
à Divina Misericórdia.
Mons. Jozef Bart:- "A Festa da Misericórdia provém
justamente da espiritualidade de Santa Faustina Kowalska, à qual o Senhor – durante
os seus encontros e as suas revelações – pediu que o primeiro domingo depois da Páscoa
fosse festejado como Festa da Misericórdia, porque a Misericórdia de Deus brota da
Paixão, da Morte e da Ressurreição. Poucos dias atrás, o novo Pontífice, Papa Francesco,
durante a bênção Urbi et Orbi deu-nos a explicação perfeita sobre esta verdade,
dizendo que na Páscoa venceu a misericórdia de Deus."
RV: Como nasceu exatamente
esta festa?
Mons. Jozef Bart:- "Foi justamente o Beato João Paulo
II, que na canonização de Santa Faustina Kowalska – a primeira santa do grande Jubileu,
no dia 30 de abril do ano 2000 – instituiu e proclamou para toda a Igreja o domingo
da Divina Misericórdia, dia em que jorram as graças de Cristo Ressuscitado, do seu
maior atributo que é a misericórdia."
RV: Pode nos dizer brevemente quem
foi Santa Faustina Kowalska?
Mons. Jozef Bart:- "Santa Faustina
Kowalska viveu 33 anos. Morreu em 5 de outubro de 1938, pouco antes do início da II
Guerra Mundial. Pertencia à Congregação da Bem-aventurada Virgem Maria da Misericórdia,
a qual se ocupava de mulheres necessitadas de ajuda, portanto, envolvida numa grande
obra de misericórdia. Durante a sua vida religiosa Faustina Kowalska teve aquele dom
particular de falar com o Senhor, o qual – em 1931, em 22 de fevereiro daquele ano,
dia em que celebramos liturgicamente a Festa da Cátedra de Pedro – apareceu-lhe e
pediu-lhe que pintasse a imagem da sua misericórdia. Irmã Faustina Kowalska não traz
uma nova espiritualidade, mas dá um vigor particular à pregação da Misericórdia de
Deus. João Paulo II disse: "A Igreja falharia em sua missão, se não pregasse a Misericórdia
de Deus e não introduzisse esta Misericórdia na vida". Irmã Faustina introduziu novas
formas do culto à Divina Misericórdia: as imagens da Divina Misericórdia, o Terço
da Divina Misericórdia, a hora da Misericórdia, a Festa da Misericórdia, e a difusão
deste culto a toda a humanidade." (RL)