Síria: continuam a cair bombas sobre os inocentes

Damasco (RV) – “As bombas caem a cada momento e em qualquer lugar. É como uma roleta russa que a cada dia escolhe suas vítimas por acaso”. Dom Samir Nassar, Arcebispo maronita de Damasco, informa à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) sobre a dramática situação de Damasco, onde no dia 26 de março morreu Camil, um seminarista maronita de 35 anos, que estava para ser ordenado diácono permanente. Trabalhava na distribuição de alimentos aos pobres.

“Morrer durante a Semana Santa é uma graça – afirma Dom Nassar -, mas sua morte demonstra que ninguém está mais seguro: nem soldados, nem milicianos, nem civis”. Triste e assustada a comunidade cristã que está se reduzindo de número a cada dia que passa. São muitos aqueles que estão deixando o país, enquanto duas das quatro paróquias maronitas da capital foram fechadas porque os fiéis fugiram. Não há números confiáveis dos cristãos que fugiram, mas desde o início da crise síria o número de pessoas que recebem a Eucaristia diminuiu de mais de 60%. A desvalorização da lira síria, que em 2001 valia 45 por um dólar, hoje chega a 121 por dólar, castiga as famílias cujos membros se revezam diante das poucas lojas de alimentos, das padarias, e dos postos de gasolina.

“A Igreja – afirma o prelado – continua a ajudar quem sofre seja ele de qualquer religião. A caridade silenciosa e gratuita é a única filosofia capaz de construir a Síria do futuro”. (SP)