Cidade do Vaticano - (RV) - O relato do Evangelho de hoje começa com a frase
“os discípulos contaram o que tinha acontecido pelo caminho, e como tinham reconhecido
Jesus ao partir o pão”. Isso significa uma ponte entre o tema de ontem e o e hoje.
Ontem Jesus abriu os olhos dos discípulos para enxergarem com os olhos da
fé. Hoje, dá-se destaque ao corpo. Era muito difícil para os discípulos de cultura
grega acreditar no valor do corpo e em sua ressurreição. Jesus fala para seus apóstolos
tocarem nele, constatarem que é ele mesmo, com o corpo outrora crucificado. O corpo
ressuscitado é diferente daquele que foi sepultado, mas ao mesmo tempo Jesus faz questão
de afirmar que não é um fantasma, é uma pessoa que possui um corpo, que tem tudo a
ver com nosso mundo. Por isso pede comida, apesar de não precisar comer.
Ao
mesmo tempo Jesus relata, como no caso de Emaús, o fio condutor da Sagrada Escritura,
o plano de Deus para a redenção humana. Como esse plano ainda não chegou ao fim,
faz com que eles sejam testemunhas da ressurreição quando lhes dá a tarefa de a anunciarem
até os confins do mundo.
A Igreja tem a missão de realizar o que lhe cabe,
dentro dos planos do Pai, a tarefa de anunciar a ressurreição de Jesus.
Tenhamos
consciência de que o batismo nos inseriu na Igreja e, portanto, a missão de levar
ao mundo a alegria de saber-se amado por Deus, a esperança de que seu desejo de felicidade
plena será saciado e a consolação do amara e ser amado plenamente, é nossa missão.
(CAS)