RDC: Jesuítas promovem iniciativas contra armas

Kinshasa (RV) - Os jesuítas promovem iniciativas contra as armas que alimentam a crise na Região dos Grandes Lagos na África.

Aumentar a consciência da opinião pública internacional sobre a crise no leste da República Democrática do Congo (RDC) e monitorar o fluxo de armas que alimentam a guerra na região, são as ações que serão implementadas por algumas organizações ligadas à Companhia de Jesus através da "Jesuit Great Lakes Advocacy Initiative".

Segundo um comunicado enviado à Agência Fides, os representantes da Global Ignatian Advocacy Network (GIAN), do Jesuit African Social Centers Network (JASCNET), do Jesuit Refugee Service Great Lakes, do Jesuit Refugee Service Eastern Africa, do African Jesuit Aids Network (AJAN), e do Hekima Institute of Peace and International Relations (HIPSIR) se reuniram em Nairóbi, no Quênia, de 24 a 28 de março passado para avaliar as iniciativas a serem tomadas em favor de uma ação conjunta de conscientização sobre a crise na região dos Grandes Lagos da África.

"Durante quase 20 anos, conflitos e guerras afetam milhões de homens, mulheres e crianças nessa região. No leste da República Democrática do Congo (RDC), dois milhões de pessoas continuam sofrendo por causa de deslocamento em massa de populações e violações cotidianas dos direitos humanos tais como violência sexual e recrutamento de crianças-soldado", ressalta um comunicado das organizações jesuítas.

A nota recorda dentre as várias causas desse conflito a proliferação e o tráfico de armas ilegais na RDC que alimentam a escalada de violência e instabilidade na região.

Apesar de reconhecer os esforços feitos pela comunidade internacional para deter o conflito, as organizações ligadas à Companhia de Jesus acreditam que "não foram realizados passos significativos para combater causas que estão na origem do conflito".

A "Jesuit Great Lakes Advocacy Initiative" terá a tarefa de aumentar a consciência de todas as partes em causa na região sobre a ligação entre conflito e proliferação de armas, e rastrear a origem do fluxo de armas para a área, realizando pesquisas aprofundadas no local. (MJ)