Bagdá (RV) – Os cristãos iraquianos, por ocasião da celebração da Páscoa, expressaram
mais uma vez o desejo de recuperar a paz. A celebração do Domingo da Ressurreição
foi realizada sob fortes medidas de segurança em torno das Igrejas, por temor de atentados.
Na
Igreja de Mar Behnam we Sara, na localidade de maioria cristã Himdaniya, próximo a
Mosul e cerca de 400 km de Bagdá, o sacerdote Mignatios Ufí defendeu a difusão de
uma cultura do entendimento e do diálogo, como forma de reconciliar o país.
“Pedimos
a Deus que venha a paz, a segurança e a estabilidade no Iraque”, disse Ufí durante
uma missa, onde afirmou que a Páscoa ensina os fiéis a viver em paz e a respeitar
as diferenças dos demais. Samir Kurkis, um cristão de Bagdá, disse que visitou
uma Igreja com sua família e trocou felicitações com outros fiéis. Ele salientou que
seu maior desejo é que o país encontre a paz e a segurança, ao mesmo tempo que indicou
ter reparado as fortes medidas de segurança ao redor de sua igreja. A Secretaria
Geral do Conselho dos Ministros declarou como livre para os cristãos os dias de 31
de março e 1º de abril. O Presidente do Parlamento, Osama al Nuyaifi, por sua vez,
felicitou os cristãos por ocasião da Páscoa, desejando alegria, paz e estabilidade.
Também
o ex-Primeiro-ministro iraquiano e líder da oposição, Iyad Alaui, expressou seu desejo
de prosperidade e de paz para os cristãos do Iraque e denunciou os ataques desumanos
contra esta comunidade, os quais “contradizem o espírito de irmandade que caracteriza
o povo iraquiano”.
Na década de 80, se calcula que existiam cerca dois milhões
de cristãos iraquianos em um a população de 30 milhões de habitantes. Porém, este
número diminuiu vertiginosamente com a emigração, com medo da violência. (JE)