2013-03-26 16:04:33

Panamá: Ato recorda 33 anos do assassinato de Dom Oscar Romero


Cidade do Panamá (RV) - A Igreja Católica, autoridades diplomáticas e a Universidade do Panamá participaram ontem, segunda-feira, de um ato em recordação pelos 33 anos do assassinato do Arcebispo de San Salvador, Dom Oscar Arnulfo Romero. Ele foi assassinado em 24 de março de 1980 durante a celebração de uma Missa na Catedral de San Salvador, quando estava prestes a estourar a guerra civil que se prolongou até 1992. Após 33 anos o crime continua impune.

O ato, organizado pela Embaixada de El Salvador no Panamá, foi realizado diante do busto de Dom Romero, fixado na calçada da Avenida Balboa, onde foi depositada uma coroa de flores. Estavam presentes cerca de 50 pessoas, entre as quais o Reitor da Universidade do Panamá, Gustavo de Paredes e o Embaixador salvadorenho Efrén Arnoldo Bernal. O Arcebispo do Panamá, Dom José Domingo Ulloa, rezou em memória de Dom Romero.

A Comissão da Verdade que investigou os crimes cometidos durante a guerra civil em El Salvador indicou em um relatório, de 20 anos atrás, a “plena evidência” de cumplicidade do já falecido fundador da Aliança Republicana Nacionalista (ARENA), Roberto D’ Aubuisson, no assassinato. O partido de direita governou El Salvador entre 1989 e junho de 2009.

Uma Lei de Anistia aprovada em 1993, um ano após os Acordos de Paz que em 1992 colocaram fim á guerra civil, deixou na impunidade os autores do assassinato do expoente católico e de outros crimes contra a humanidade.

Na última quarta-feira, 20, organismos locais de direitos humanos pediram à Suprema Corte de Justiça que declare como inconstitucional a Lei de Anistia que protege crimes cometidos por militares e guerrilheiros. A guerra civil de El Salvador deixou um saldo de 75 mil mortos, 8 mil desaparecidos e 12 mil mutilados.

Em 1994 o Vaticano abriu o processo de beatificação de Dom Oscar Romero, a quem muitos latino-americanos chamam de “São Romero da América”. A Igreja Católica salvadorenha expressou seu otimismo de que o Papa Francisco, primeiro Pontífice argentino e latino-americano o beatifique em breve. (JE)









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