2013-03-24 16:52:23

O Documento de Aparecida e a eleição de um Papa do "Continente da Esperança"


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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, voltamos ao nosso encontro de todas as semanas dedicado à "Nova Evangelização e Concílio Vaticano II", cujo espaço de formação neste mês de março chega a seu quarto ano propondo-se efetivamente, aos nossos ouvintes, como espaço de formação e aprofundamento do nosso programa.

Na edição de hoje queremos tratar do "Concílio Vaticano II 50 anos depois" lançando nosso olhar para a caminhada da Igreja na América Latina com uma abordagem muito pertinente ao momento em que estamos vivendo – para nós de muita alegria –, com a eleição de um Papa pela primeira vez americano, vindo justamente do subcontinente latino-americano, em cuja porção do Povo de Deus representamos 42% dos católicos do mundo inteiro.

Pois bem, dias atrás apontamos neste espaço que os documentos de Medellín (1968), Puebla (1979), Santo Domingo (1992) e Aparecida (2007) continuam, a seu tempo, na esteira do Concílio Vaticano II, não só acolhendo, mas também aplicando o Concílio. Tais documentos são também conseqüência da caminhada feita pela Igreja na América Latina ao longo destes 50 anos do Concílio, sendo uma atualização do mesmo.

De fato, em Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida vemos a caminhada da Igreja na América Latina. "Vemos a Igreja que está não só lendo ou relendo os documentos conciliares, mas tentando ver todas as implicâncias, à luz do momento, na nossa realidade".

Nesse sentido, a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em maio de 2007, em Aparecida – cujo texto conclusivo constitui o "Documento de Aparecida" –, tentou fazer toda uma síntese de caminhada.

"É um documento conciliar já vivenciado e traduzido na nossa realidade", ponderou-nos categoricamente, neste espaço, em uma sua colocação muito lúcida, o bispo de Juazeiro da Bahia, Dom José Geraldo da Cruz.

Como ressaltado dias atrás, o então Arcebispo de Buenos Aires, Cardeal Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco, teve participação preponderante na Conferência de Aparecida, sendo presidente da Comissão de redação do texto conclusivo do referido "Documento de Aparecida".

"Ele foi um dos grandes, foi a alma do Documento de Aparecida. Foi um dos que dirigiu todo o trabalho em Aparecida e todo o Documento de Aparecida deve muito ao Cardeal Bergoglio, hoje Papa Francisco", disse-nos à Rádio Vaticano o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.

A propósito do Documento de Aparecida e de sua pertinência em relação ao papel ativo do agora Papa Francisco na preparação e elaboração final deste texto, eis as considerações do Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger. A entrevista é da colega Mariângela Jaguraba. Vamos ouvir: RealAudioMP3 (RL)







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