2013-03-21 12:07:49

Terra Santa: Comissão “Justiça e Paz” escreve a Obama


Jerusalém (RV) – Por ocasião da visita de Barack Obama ao Oriente Médio – que teve início nesta quarta-feira, 20 de março, com a chegada a Israel – a Comissão “Justiça e Paz” da Assembleia dos Ordinários católicos da Terra Santa escreveu ao Presidente dos EUA uma carta para chamar à sua atenção alguns grandes problemas que condicionam a presença dos cristãos naquela área.

“O Povo palestino – lê-se numa carta assinada pelo Secretário da Comissão, Yusef Daher e enviada à Agência Fides – está vivendo o 46º ano sob ocupação. E a condição dos cristãos palestinos é a mesma vivida pelo povo palestino no seu conjunto.”

A carta elenca aquelas que são definidas como “violações da lei internacional por parte das autoridades israelenses”: expansão de colônias ilegais; restrição de acesso aos Lugares Santos por cristãos e muçulmanos; expropriação de terras pertencentes a proprietários palestinos para favorecer a expansão das colônias e para construir o muro de separação.

A carta de Justiça e Paz cita explicitamente o caso do Vale do Cremisan, que se tornou também um caso jurídico, desde quando famílias cristãs e congregações religiosas católicas recorreram contra o sequestro de suas terras sobre onde deveria passar o muro de separação.

A mensagem dirigida a Obama descreve ainda o que define como “políticas ocultas de discriminação” sofridas pelos cidadãos árabes de Israel: procedimentos extenuantes para obter a reunificação das famílias, dificuldade para registrar as crianças, problemas na busca de casa e de oportunidades de trabalho. Na carta ao Presidente dos EUA, se destaca que “a presença cristã tem um papel importante na Terra Santa no campo da educação e da assistência sanitária”. A diminuição das comunidades cristãs naquela área, segundo o organismo dos bispos católicos, “terá consequências catastróficas especialmente com o crescimento dos fundamentalismos de ambos os lados”.

O apelo se conclui com o pedido para favorecer o respeito pelo direito internacional e de impedir todas as políticas ilegais que atingem a população palestina da Terra Santa. “Isso – escreve a Comissão – seria o melhor modo de preservar e de proteger a presença cristã na Terra Santa”.

(BF)








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