Nova York (RV) - As Nações Unidas marcam esta quinta-feira, 21 de março, o
Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial. Em mensagem, o Secretário-Geral
da ONU, Ban Ki-moon, ressalta que este ano, a data está centrada na "ideia de usar
o poder do esporte para acabar com a aflição do racismo."
Segundo Ban Ki-moon,
é "uma oportunidade para realçar o contraste entre os valores positivos dos esportes
e os incidentes desprezíveis do racismo", que deixam cicatrizes até mesmo em competições
internacionais.
Ban defende que as atividades esportivas podem reafirmar os
direitos humanos e lembra que o combate ao racismo está no centro da Carta da ONU.
O Secretário-Geral acredita que por meio dos esportes, é possível fazer progressos
na promoção de valores, como igualdade e não-discriminação.
A data de 21 de
março foi escolhida para marcar o aniversário do massacre de Sharpeville, em 1960.
Na ocasião, 69 manifestantes desarmados foram mortos pela polícia sul-africana quando
protestavam contra as leis do apartheid naquele país.
Ban Ki-moon disse que
"nunca poderemos esquecer" daquelas vítimas e que desde o fim do apartheid foram verificados
outros avanços importantes. O Secretário-Geral mencionou a criação de um quadro internacional
de combate ao racismo e sistemas nacionais de proteção, mas Ban lembra que o racismo
"continua sendo uma ameaça generalizada para indivíduos e grupos étnicos e religiosos
em todo o mundo", além de ameaçar a estabilidade e ser uma grave violação dos direitos
humanos.
Por fim, o Secretário-Geral disse ser necessário "unir forças para
acabar com o racismo e o esporte pode ajudar a atingir esse objetivo.
Segundo
o Escritório da ONU sobre Esporte para Desenvolvimento e Paz, atividades esportivas
que incorporam autodisciplina, respeito pelo adversário, competição justa e trabalho
em equipe, podem ajudam a integrar grupos marginalizados e prevenir tensões sociais
e conflitos. (MJ/Rádio ONU)