Caritas Brasileira: Papa Francisco, sinal de uma Igreja aberta ao mundo
Cidade
do Vaticano (RV) - O Bispo de Santarém (PA), Dom Flavio Giovenale, Presidente
da Caritas Brasileira, manifestou sua alegria pela eleição do Papa Francisco.
Contatado
por Mariangela Jaguraba, Dom Giovenale falou sobre como recebeu a notícia da eleição
de um pontífice latino-americano. Ouça o Presidente da Caritas Brasileira.
Eu
estava no Lago Grande que é uma região aqui da Diocese de Santarém, a dez horas de
navegação de Santarém e lá avisaram e então através da parabólica deu para ver as
imagens. Então, ao vivo, vimos a apresentação, a declaração "Annuntio vobis gaudium
magnum…" e depois a primeira aparição. Eu fiquei muito, muito contente, porque foi
uma goleada em todas as especulações que se falava e se demonstrou pela rapidez e
pelo nome que aqui pelo menos ninguém esperava que quem dirige a Igreja mesmo é o
Espírito Santo e não as especulações humanas. E depois quando ele apareceu na sacada,
a impressão que eu tive foi de ver novamente o João XXIII, aquele Papa Bom que falou
para o povo naquele anúncio da inauguração do Concílio. Então para mim veio logo aquela
imagem que eu tive quando eu era criança, mas me marcou muito aquela imagem do Papa
Bom do João XXIII. Eu fiquei muito, muito contente
Sobre o nome Francisco.
O que o senhor achou dessa escolha?
Então, o nome Francisco, brincando aqui
com alguns padres nos dias anteriores, eles me perguntaram se eu fosse papa que nome
escolheria. E eu disse que se fosse Papa escolheria o nome João Francisco. João por
causa de João XXIII e Francisco por causa de São Francisco de Assis, São Francisco
de Sales, Padroeiro dos Salesianos, ao qual pertenço, São Francisco Xavier, o grande
missionário. Então quando foi anunciado Francisco me lembrei daquela frase: "Francisco
restaura a minha Igreja", e vendo ele tão sereno e bondoso, me lembrei muito de Francisco
de Assis. Ao mesmo tempo, eu trabalhei 15 anos na Diocese de Abaetetuba que foi fundada
e organizada pelos xaverianos. Então também ele jesuíta, certamente também terá em
sua mente Francisco Xavier, o grande missionário. E essa dimensão da nova evangelização
tomará um novo impulso. Eu gostei muito do nome. (MJ)