Vaticano II 50 anos depois: as considerações do bispo de Juazeiro da Bahia
Cidade do
Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, prosseguimos hoje nossa abordagem semanal trazendo,
neste espaço de formação e aprofundamento, como a Igreja no Brasil tem vivido e celebrado
os 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II.
Nesta edição continuamos com
a participação do bispo de Juazeiro, Dom José Geraldo da Cruz, A.A., cuja diocese
encontra-se no serrado e sertão da Bahia.
Como já ressaltado neste espaço,
o Vaticano II foi um Concílio ecumênico, litúrgico e pastoral, que passou à história
como o maior evento religioso do Séc. XX.
Atendo-se à liturgia, Dom José Geraldo
enfatiza a reforma litúrgica trazida pelo Vaticano II, na qual utilizando a língua
vernácula passamos da assistência à missa à celebração da missa.
Evidenciando
que com a reforma litúrgica o povo participa ativamente de uma celebração – qual partícipe
daquele sacerdócio pleno de todos nós –, observa que com o tempo essa participação
ativa da celebração tem sido por vezes diluída, dando lugar a um retrocesso.
Nesse
contexto, reconhecendo a grande importância dos meios de comunicação social – dos
quais a Igreja não pode prescindir em sua missão evangelizadora –, chama a atenção,
nestes meios, para a tentação da missa espetáculo, em que o povo passa a ser expectador.
As
ponderações do bispo de Juazeiro da Bahia partem da pergunta que a ele fizemos, pergunta
essa que se expressa da seguinte forma: passados 50 anos da abertura deste grande
evento religioso do Séc. XX, a seu ver, quais elementos do Concílio Vaticano II deveriam
ser retomados para se trabalhar melhor, vez que, naturalmente, nem todos ao longo
destes anos receberam a mesma atenção e nem todos foram desenvolvidos com igual intensidade.
Eis o que disse: (RL)