Olhos postos em Caracas para o funeral do presidente Hugo Chaves
O vice-Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou ontem que o corpo de Hugo
Chávez – cujo funeral tem lugar nesta sexta-feira - "vai ser embalsamado, como Ho
Chi Min, como Lenine, como Mao Tsé Tung". Maduro disse também que após as cerimónias
fúnebres, o corpo estará exposto ao público "pelo menos mais sete dias", no Quartel
da Montanha, na zona ocidental de Caracas, de onde Chávez comandou o golpe de Estado
de 4 de fevereiro de 1992, contra o então Presidente, Carlos Andrés Perez.
Entre
as presenças internacionais confirmadas no funeral estão os presidentes do Irão, Mahmud
Ahmadinejad, da Guiné-Equatorial, Teodoro Obiang, e da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko.
A televisão venezuelana anunciou a chegada, na quinta-feira, de um dos aliados mais
próximos de Chávez, o Presidente cubano, Raul Castro. Também estão em Caracas os chefes
de Estado do México, Enrique Peña Nieto, do Chile, Sebastián Piñera, da Argentina,
Cristina Kirchner, do Brasil, Dilma Rousseff. A comitiva de Rousseff integra igualmente
o ex-Presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva e o ministro dos Negócios Estrangeiros,
António Patriota. Representa Portugal, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo
Portas.
Hugo Chávez morreu na terça-feira, em Caracas, com 58 anos, quase
três meses depois de ter sido operado pela quarta vez a um cancro, a 11 de dezembro
de 2012, em Havana, e quase cinco meses depois de ter sido reeleito para o seu terceiro
mandato, em 7 de outubro. Chávez regressou à Venezuela em 18 de fevereiro, ficando
internado no Hospital Militar de Caracas e não chegou a tomar posse como Presidente,
lugar assegurado pelo vice-presidente, Nicolás Maduro, numa decisão autorizada pela
Justiça venezuelana apesar dos protestos da oposição.
Nicolás Maduro, vice-presidente
da Venezuela que assumiu a liderança após a morte de Hugo Chávez, vai ser empossado
hoje como presidente interino e dentro de 30 dias deverá convocar eleições.