2013-03-08 17:08:30

Formas de combate ao tráfico humano devem ser revistas


Genebra (RV) – O observador do Vaticano junto às Nações Unidas em Genebra, na Suíça, diz que a comunidade internacional precisa rever a sua forma de combater o tráfico humano, sobretudo o relacionado com crianças.

Em declaração proferida quinta-feira,7, na 22ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, que abordou também a prostituição e a pornografia infantil, Dom Silvano M. Tomasi lamentou que o tráfico humano seja uma ocupação de baixo risco, muito rentável e extremamente tentadora para aqueles que encaram as pessoas como simples mercadorias.

O texto, publicado pela Agência Ecclesia, indica a necessidade clara de atualizar a legislação que regula o problema, ao mesmo tempo em que defende o reforço da cooperação em nível regional e internacional, uma maior partilha de informações e de boas práticas e o combate efetivo à corrupção e à impunidade.

Em muitas partes do globo e devido a vários fatores, as crianças são os elementos mais vulneráveis, em meio ao flagelo que do tráfico humano; por isso o arcebispo italiano propõe também a agilização das práticas judiciais e a criação de mecanismos que protejam os mais novos e garantam a sua reintegração normal e digna na sociedade.

O último relatório da ONU sobre o tráfico humano, datado de 2012, aponta que milhões de pessoas são atualmente vítimas desta situação, para efeitos de exploração sexual e trabalhos forçados.

Provenientes de pelo menos 118 países e com 136 nacionalidades diferentes, elas são em maioria mulheres (55-60%) mas o número de crianças está aumentando de forma alarmante, tendo passado de 20 para 27% pouco mais de quatro anos (de 2003-2006 a 2007-2010).
(CM)








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