Dia Internacional da Mulher. Luta contra violencia no centro da mensagem da ONU -
O papel da mãe na educação por Claudileia Lemes Dias
Hoje, 8 de Março
é, como se sabe Dia Internacional da Mulher. O tema geral adoptado pelas Nações Unidas
para este ano foi apelar todos, Estados e cidadãos, a unir esforços a fim de acabar
com a violência contra mulheres e meninas. Um fenómeno mundial que indigna qualquer
pessoa de bom senso. Mas não basta indignar-se – frisa a ONU num comunicado de imprensa.
Há que converter a nossa indignação em acção, urgentemente! A ONU promete fazer com
que os crimes contra as mulheres sejam julgados e não permitir nunca que as mulheres
sejam sujeitas a punições pelos abusos que sofreram. Na nota de imprensa da ONU
lê-se ainda que 125 países já tem leis específicas que penalizam a violência doméstica.
Um número histórico, sulinha, recordando todavia que 603 milhões de mulheres vivem
ainda em países onde a violência doméstica não é considerado um crime e que 7 em cada
10 mulheres no mundo poderão vir a ser espacandas, estupradas, abusadas, ou mutiladas
ao longo da própria vida. Todas as mulheres têm o direito humano fundamental de
viver livre da violência - recorda Ban-Ki-Moon, convidando todos a aderir, de algum
modo, à campanha lançada a nível mundial, em 2008 para combater a violencia contra
as mulheres: com fundos, ou dando a própria voz aos concertos via satelite, seminários
e lançamentos de música para a sensibilização... diversas formas de luta que caracterizam
esta campanha, como aliás são diversas as formas de violência contra a mulher, mas
podem ser resumidas a duas: física e psicológica. No entanto, no combate a essas formas
todas de violência há, segundo a brasileira, Claudiléia Lemes Dias, um aspecto que
é pouco tido em consideração...
INSERTO
Claudileia Lemes Dias, escritora,
jurista, especializada em direitos humanos. Ela é autora entre outros escritos, do
romance, em italiano, "Nessun Requiem per mia Madre", "Nada de Requiem para a minha
mãe" , Fazi Editore, 2012.