2013-03-06 18:41:16

Autoridades iraquianas exortam cristãos a permanecerem no país


Bagdá (RV) – Autoridades iraquianas exortaram nesta quarta-feira os cristãos do Oriente a não abandonar o Iraque, em mensagem divulgada durante a cerimônia de entronização do Patriarca caldeu Louis Raphael I Sako, celebrada em Bagdá.

Na celebração, realizada na Igreja de Mar Yusef, o Primeiro-Ministro Nuri-al-Maliki, afirmou que é necessário que os cristãos permaneçam no Oriente, para “impulsionar as relações entre os povos e a convivência”. “Pedi ao Patriarca para que faça um chamado aos cristãos do Oriente para que não abandonem o Iraque, porque não queremos que o Oriente fique sem os cristãos nem o Ocidente sem muçulmanos”, disse Al Maliki.

O chefe de governo iraquiano elogiou o programa de Dom Sako, baseado no amor, na fraternidade, na paz e na cooperação: “temos que continuar o caminho da cooperação para colocar fim ao sectarismo, ao radicalismo e a violência que tem nos trazido a ignorância”, disse Al Maliki.

O Presidente do Parlamento iraquiano, Usama al Nuyefi, qualificou a eleição de Dom Sako como “um novo êxito iraquiano”, destacando que a presença de cristãos no Iraque é um motivo de orgulho e fomenta a unidade, já que tanto muçulmanos como cristãos enfrentam “conspirações para dividi-los”.

A comunidade cristã no Iraque foi vítima de ataques e deslocamentos forçados durante a violência sectária que se abateu sobre o país entre 2006 e 2008. Como conseqüência, numerosos fiéis emigraram.

Dom Sako, de 63 anos, até então arcebispo de Kirkuk, foi eleito Patriarca da Igreja Caldeia em 1º de fevereiro último. No mesmo dia, o então Papa Bento XVI concedeu a ‘comunhão eclesiástica’ à eleição de Louis Rapahel I Sako.

A Igreja Caldéia, com sede no Iraque e em comunhão com Roma, é constituída basicamente por cristãos iraquianos e celebra seus ritos em aramaico e siríaco. Estima-se que sejam um milhão os seguidores espalhados em todo o mundo, especialmente devido às migrações. Dedica-se à educação e à assistência de numerosas famílias pobres, cristãs e muçulmanas, que vivem hoje no Iraque. (JE)








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