Turim (RV) - “Há um onda de crimes de ódio contra os cristãos e a Igreja Católica
na Europa”: é o que afirma em uma nota o sociólogo de Turim, Massimo Introvigne, responsável
pelo Observatório da Liberdade Religiosa, instituído pelo Ministério do Exterior italiano,
citando dados que o Observatório da Intolerância e Discriminação contra os Cristãos
de Viena enviou à Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa, OSCE; este
organismo está preparando o seu relatório anual sobre crimes de ódio.
“Em 2011
– explica Introvigne – eu era o representantes da OSCE para a liberdade religiosa
e organizei um encontro OSCE em Roma, onde se denunciou o perigo que da simples intolerância
e discriminação, a aversão contra o cristianismo e a Igreja passe a exprimir-se em
verdadeiros e próprios crimes de ódio, uma categoria reconhecida e punida pelas convenções
européias”.
“Agora - prossegue Introvigne – é evidente. O relatório apresentado
pela OSCE elenca e documenta 67 casos de crimes de ódio anticristãos na Europa nos
últimos doze meses, que podemos dividir em três categorias. Seis casos se referem
a ataques vandálicos contra igrejas dos quais são responsáveis grupos ultra-fundamentalistas
islâmicos. Quinze casos se referem a agressões físicas contra cristãos comprometidos
na luta contra o aborto ou contrários ao matrimônio homossexual.
A grande maioria
dos casos, 46, é constituída de ataques genericamente anticristãos, contra igrejas,
capelas, estátuas e em alguns casos contra sacerdotes.
“A OSCE - conclui Introvigne
– lança o alarme. Estes incidentes são muitos para que se possa reduzí-los a simples
atos de vandalismo. Está em andamento, ao invés, uma verdadeira campanha de ódio contra
a Igreja, que se torna mais intensa por ocasião de controvérsias como a do matrimônio
entre pessoas do mesmo sexo na França, ou de grandes eventos como agora o Conclave,
que não ficam só nos insultos, porque cada vez mais impulsiona grupos extremistas
a passarem à ação e perpetrarem crimes de ódio”. (SP)