2013-02-25 19:14:02

Pe. Lombardi e Dom Celata abordam temas variados em nova coletiva de imprensa


Cidade do Vaticano (RV) - O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, concedeu uma coletiva aos jornalistas na manhã desta segunda-feira, na qual abordou várias temáticas:

O Motu Proprio sobre algumas modificações relativas à eleição do novo Pontífice, o encontro de Bento XVI com os cardeais da Comissão cardinalícia encarregada de investigar sobre o vazamento de notícias reservadas e, por fim, sobre o caso do Cardeal Keith Michael Patrick O'Brien, que anunciou que não participará do próximo Conclave.

De fato, Bento XVI – lê-se no comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé durante a coletiva – quis agradecer aos cardeais da Comissão cardinalícia encarregada de investigar sobre o vazamento de notícias reservadas, pelo profícuo trabalho realizado, "expressando satisfação pelos êxitos da investigação".

Efetivamente, a investigação "permitiu ressaltar, junto aos limites e imperfeições próprios do componente humano de toda instituição, a generosidade, retidão e dedicação daqueles que trabalham na Santa Sé a serviço da missão confiada por Cristo ao Romano Pontífice".

"O Santo Padre – lê-se ainda no comunicado – decidiu que as atas da investigação, de cujo conteúdo somente Sua Santidade tem conhecimento, permaneçam à disposição unicamente do novo Pontífice."

"Com isso encerrou-se o mandato da Comissão 'concluída a incumbência'. Portanto, a Comissão foi desfeita esta manhã. O Papa estabeleceu que o relatório está à disposição de seu sucessor."

Sobre a renúncia apresentada pelo arcebispo escocês de "Saint Andrews and Edinburgh", Cardeal O'Brien, e aceita por Bento XVI, Pe. Lombardi precisou em seguida:

"O nosso comunicado não faz referência a participações ou não no Conclave. Faz referência ao governo da Arquidiocese de Edinburgh, que se concluiu com essa renúncia."

Em seguida, o vice-camerlengo de Santa Romana Igreja, Dom Pierluigi Celata, ilustrou o Motu Proprio de Bento XVI, com o qual se substituem algumas normas presentes na Constituição Universi Dominici gregis, promulgada em 1996 por João Paulo II:

"A intenção geral que impeliu o Santo Padre é por ele mesmo claramente indicada: considerada a importância da matéria, assegurar o melhor desenvolvimento do que concerne à eleição do Romano Pontífice, em particular uma melhor interpretação e aplicação de algumas disposições da própria Constituição."

Em particular, para uma válida eleição do Pontífice é sempre exigida ao menos a maioria dos dois terços dos votos dos cardeais eleitores e votantes. Nenhum cardeal eleitor poderá ser excluído da eleição por nenhum motivo ou pretexto. Permanece confirmado o período de espera de 15 dias antes do início do Conclave.

O Colégio dos cardeais, se consta a presença de todos os cardeais eleitores, tem a faculdade de antecipar o início do Conclave. A abertura pode também ser adiada em caso de motivos graves. Mas transcorridos ao máximo vinte dias do início da Sé Vacante, todos os cardeais eleitores devem iniciar a eleição.

Em seguida, Pe. Lombardi reiterou que o início do Conclave será decidido pelas congregações dos cardeais:

"É claro que não poder ter início antes de 1º de março, porque não podem se encontrar antes de 1º de março; é preciso que sejam convocados para a primeira congregação geral e, provavelmente, não é exatamente na primeira congregação geral que decidem algo dessa natureza. Portanto, creio que devemos ainda esperar alguns dos primeiros dias de março para termos a decisão formal."

Antes do Conclave se deve esperar a chegada de todos os cardeais eleitores, a menos que um ou mais purpurados não comuniquem, de modo apropriado, a impossibilidade de participar por comprovados motivos de saúde ou por impedimento grave. (RL)







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