Dom Raymundo ressalta contribuição latino-americana ao futuro Papa
Aparecida (RV) – “A Igreja Católica latino-americana permanece ‘viva e dinâmica’
ante uma paralisia na Europa e, por isto, oferece uma grande contribuição ao novo
papado” - afirmou ontem o Cardeal Raymundo Damasceno, Presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB).
“A Igreja na América Latina vive um momento muito
especial, de entusiasmo missionário muito grande, que vai ao encontro das pessoas,
nas periferias das cidades, em nossas comunidades”, disse o Arcebispo de Aparecida
à agência France Press.
A Igreja latino-americana está levando um “suplemento
de vida” à Igreja na Europa, “que vive um processo de secularização muito forte e
sofre uma crise de vocações religiosas”, completou.
Dom Raymundo, 76 anos,
viaja segunda-feira, 25, a Roma, onde permanecerá até a eleição do novo Papa, é um
dos 117 cardeais eleitores no próximo conclave.
O Presidente da CNBB considera
“fundamental” que o novo papa seja uma pessoa “com experiência pastoral, aberto ao
diálogo com o mundo contemporâneo e sensível aos problemas sociais” que o planeta
enfrenta hoje.
“A Europa parece que se paralisou um pouco, se cansou um pouco;
acredito que a América Latina tem uma contribuição muito importante, primeiro porque
é o continente com a maior parte dos católicos do mundo, 44%, e nosso povo é profundamente
religioso”, expressou.
Cinco cardeais brasileiros participarão no conclave
para eleger o novo pontífice, após a renúncia de Bento XVI:
Dom Odilo Scherer,
de 63 anos, arcebispo de São Paulo, a maior diocese do Brasil, com cinco milhões de
fiéis; os arcebispos eméritos de São Paulo, Claudio Humes, de 78 anos, e de Salvador,
Geraldo Majella Agnelo, de 79, e João Braz de Aviz, de 65, Prefeito da Congregação
para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, em Roma. (CM)