Jordânia: Cardeal Sarah leva ajuda de Bento XVI aos refugiados sírios

Cidade do Vaticano (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho Cor Unum, Cardeal Robert Sarah, visitou centenas de refugiados sírios na Jordânia, esta semana, de 19 a 21, que se encontram no campo de refugiados de Zarqa que, nos últimos meses, tornou-se um dos principais lugares de refúgio para a população síria em fuga da guerra.

A visita realizou-se no âmbito do Fórum Regional das Caritas do Oriente Médio e Norte da África que se concluiu, nesta sexta-feira, em Amã, e abordou a questão da situação de emergência dos refugiados.

Entrevistado pela nossa emissora, o Cardeal Sarah ressaltou que pediu o fim do comércio de armas que alimenta o conflito na Síria e falou sobre as emergências para os refugiados, sobretudo aquelas relacionadas à alimentação, medicamentos e roupas, devido ao frio. "Isso eu mesmo pude constatar. Além disso, muitas mulheres e crianças precisam de segurança", sublinhou o purpurado.

Sobre o trabalho dos membros da Igreja local em favor dos refugiados, o Cardeal Sarah frisou que eles trabalham muito duro. "O Bispo de Aleppo, por exemplo, faz muito com poucos recursos. Pede uma ajuda para alimentos, roupas e medicamentos. Admiro seu trabalho e também pelo que estão fazendo no Líbano. Fazem um trabalho imenso, em pouquíssimo tempo. Eles buscam ajuda para a escola, pois têm muitas crianças ali, mas não possuem nenhuma ajuda para enfrentar o problema da escola. Precisamos pensar nisso no futuro: como encontrar recursos para ajudar essas crianças", disse ainda o Presidente do Pontifício Conselho Cor Unum.

Bento XVI enviou através do Cardeal Sarah uma soma de 25 mil dólares para a Caritas Jordânia, pois ali metade da população vem da Síria e da Palestina. "A metade da população do país não é jordaniana e precisamos ajudar essas pessoas. Então, levamos esse valor que certamente é pouco, mas os representantes ficaram muito agradecidos, pois isso pode ajudar a enfrentar o frio e as emergências relacionadas a alimentos e remédios", concluiu. (MJ)