2013-02-19 12:07:51

Terra Santa: Igreja contra construção do muro


Jerusalém (RV) – “Estamos confiantes. Os advogados apresentaram muito bem a situação expondo as nossas razões, evidenciando como este muro colocará em perigo a vida da nossa comunidade cristã e fornecendo uma ampla documentação de apoio. Não nos resta que confiar no Senhor para que ilumine as mentes daqueles que são chamados a decidir e daqueles dos adversários no Tribunal, ou seja, o exército de Israel”. Foi o que disse o Padre Ibrahim Shomali, Pároco de Beit Jala, vilarejo palestino de maioria cristã, falando à agência SIR sobre o que ocorreu no último dia 12 de fevereiro, dia da última audiência do caso “Cremisan”, o Vale onde deveria surgir o muro para ligar as três colônias israelenses de Gilo, Har Gilo e Givat Hamatos, que circundam Beit Jala.

A construção do muro, se for aprovada, irá dividir as terras de Cremisan, com efeitos devastadores para a já fraca economia palestina. Em perigo, além das terras, oliveiras, plantações de uva, pelas quais Cremisan é famosa, também empregos e escolas, como a das religiosas salesianas.

Desde 1º de outubro de 2011, a comunidade cristã local se reúne nestes terrenos, que correm o risco de serem expropriados, ao redor do Padre Ibrahim para celebrar, toda sexta-feira, uma missa, “para que a nossa terra tenha justiça. Encontrarmo-nos aqui, todos juntos, significa reafirmar que das nossas terras não sairemos jamais”.

Presentes na audiência também representantes de muitos países internacionais (Alemanha, França, ONU), que, declara o pároco, “esperamos possam fazer justas pressões sobre Israel para que mude de ideia sobre o muro. Não é suficiente estar do nosso lado, mas é preciso fazer algo de concreto. A questão do Muro não se refere somente a poucos países, mas a todo o mundo, e também à Igreja”. (SP)








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