Pe. Lombardi: "Exemplar o modelo de escolha do novo presidente do IOR"
Cidade do Vaticano (RV) - Na coletiva com os jornalistas de todo o mundo, realizada
nesta sexta-feira, no Vaticano, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico
Lombardi, deteve-se sobre a nomeação do novo presidente do Instituto para as Obras
de Religião (IOR), Sr. Ernst Von Freyberg.
Pe. Lombardi explicou que "o procedimento
para a nomeação do novo presidente do IOR foi iniciado antes do verão passado. A Comissão
Cardinalícia que fez esse trabalho é composta por cinco cardeais que agiram com competência,
seriedade e de forma unida e harmoniosa".
"A Comissão Cardinalícia autorizou
a agência Stuart de iniciar a busca do novo presidente do IOR. A agência apresentou
cerca de 40 candidatos para presidente desse organismo. No final, foram escolhidos
os seis mais adequados. A seguir, foi feita a escolha dos últimos três nomes e a Comissão
Cardinalícia conversou com todos os três. Nesta quinta-feira, pela manhã, a mesma
Comissão apresentou o nome escolhido para ser o novo presidente. Foi uma nomeação
feita pela Comissão Cardinalícia e não pelo Santo Padre. O novo presidente do IOR,
Sr. Ernst Von Freyberg, deverá vir a Roma pelo menos três vezes por semana. Schmitz
volta a ser vice-presidente", disse o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.
Sobre
a audiência, nesta quinta-feira, com o Presidente da Romênia, Traian Basescu, Pe.
Lombardi frisou que se realizou num clima de cordialidade.
O Diretor da Sala
de Imprensa da Santa Sé lamentou a atitude da mídia em geral que publica artigos que
não correspondem à realidade.
Respondendo a perguntas de diversos jornalistas,
Pe. Lombardi afirmou o seguinte:
- Esperar por um próximo comunicado sobre
o futuro da Comissão Cardinalícia.
- Não se sabe nada sobre o salário do novo
presidente do IOR.
- Sobre a duração do mandato, Pe. Lombardi deve informar-se
com certeza, antes de referir datas precisas.
- Sobre os outros membros da
tríade, Pe. Lombardi não tem nada a revelar.
O Diretor da Sala de Imprensa
da Santa Sé disse que o Papa não conhecia pessoalmente o novo presidente do IOR, mas
a família do novo presidente não é desconhecida pelo Papa, que disse saber de que
família se trata.
- No que diz respeito ao tempo parcial do novo presidente,
que virá a Roma três vezes por semana, para Pe. Lombardi é o tempo suficiente para
desempenhar este serviço. O jesuíta pensava que poderia até ser menos tempo.
-
Em relação à pergunta dos jornalistas sobre o fato de que o novo presidente teria
trabalhado na Blohm+Voss Group de Hamburgo, que constrói navios de guerra, Pe. Lombardi
acredita que uma pessoa que trabalha na área de construção naval não seja contra-indicada
para ser presidente do IOR. Imediatamente depois, Pe. Lombardi leu um comunicado que
a Blohm+Voss Group não fabrica mais navios, mas apenas faz obras de engenharia.
-
Será a primeira vez que um bispo chinês terá o direito de votar no Conclave. Pe. Lombardi
não acredita que isso possa refletir nas relações entre Santa Sé e China.
-
Sobre o que irá acontecer com os livros do Papa, Pe. Lombardi respondeu que esta é
uma pergunta que fará ao Camerlengo no momento da Congregação Geral.
- Pe.
Lombardi não acredita que haja espaço no mosteiro para toda a biblioteca de Bento
XVI. (MJ)