2013-02-15 20:27:23

Assembléia dos Ordinários da Terra Santa envia 'Mensagem de Paz' a Bento XVI


Jerusalém (RV) – “Será difícil esquecer a vossa fé autêntica, o sentir cum Ecclesia, o sentido de dever que se realiza na fidelidade e no compromisso, o exemplo de honestidade intelectual, a grande simplicidade e a profunda humildade”. É o que escreve a Assembléia dos Ordinários Católicos da Terra Santa em carta endereçada a Bento XVI.
Assegurando a proximidade e o apoio da oração, os prelados recordam com gratidão as duas visitas realizadas pelo Papa, em maio de 2009 e em junho de 2010, nos países da Terra Santa, durante a qual os fiéis das religiões monoteístas foram convidados “a viver no amor uns pelos outros e na harmonia”
Neste sentido, os prelados se fazem porta-voz da gratidão de todos os fiéis da região atingida por hostilidades: judeus, cristãos, muçulmanos, drusos.
Em uma nota, também a Conferência dos Bispos Latinos nas regiões árabes expressou especial gratidão ao Bento XVI. “Com humildade – escrevem os prelados, dirigindo-se ao Santo Padre – deixaste o ministério petrino por profundo amor à Igreja, dando-nos o exemplo de humilde servidor que sabe entregar a vinha tanto amada a um cultivador mais vigoroso”.
Os bispos também enfatizam a sua ‘gratidão pela Exortação pós-sinodal Ecclesia in Médio Oriente’, fruto do Sínodo dos Bispos de 2010 e ‘pelo interesse’ demonstrado pelo Pontífice ‘para com os nossos países com apelos incessantes em favor da paz e para acabar os combates entre irmãos, com o objetivo de encontrar soluções para uma reconciliação justa e duradoura’.
O Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Cardeal Bechara Boutros Raí, falou em sua mensagem de ‘um choque positivo para a Igreja e para o mundo’: “Este anúncio que mexeu com o mundo, provocou uma choque positivo nos corações e constitui um modelo de comportamento”.
“De fato – continua o Patriarca dos Maronitas -, trata-se de um grande ato de fé, de coragem e de sinceridade. Esta decisão representa uma lição para todos; testemunha que a fé é um grande gesto de amor a Cristo e à sua Igreja, um ato de abandono total à vontade de Deus e um profundo sinal de abnegação e humildade. Em particular, trata-se de um ‘grande testemunho para todos aqueles que tem cargos de responsabilidade na Igreja, na sociedade e no Estado. Esta responsabilidade deve, de fato, ser exercida em plena consciência e devemos retornar continuamente a isto, para escutar a voz de Deus que interpela os corações e as consciências, garantindo um cumprimento da missão a serviço do bem comum, que o bem ao mesmo tempo de cada um e de todos”.
Por fim, o Patriarca da Babilônia dos Caldeus, Louis Raphael I Sako, afirma que “Bento XVI é um modelo universal de humildade”. “O Papa – salientou – mostrou toda a sua grandeza ao mundo, a maravilha de sua alma. Realizou uma escolha que toda a história recordará, a partir de nós, homens do clero e da Igreja. O Pontífice recordou uma vez mais que a Sé é feita para servir e não para ser servido”. (JE)








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