Arcebispo maronita de Damasco: Bento XVI foi solidário com este povo esquecido
Damasco (RV) – “Esta será a terceira Quaresma de sofrimento para os cristãos
que vivem na Síria. Um período marcado ao mesmo tempo por inquietação e esperança”:
é o que escreve o Arcebispo maronita de Damasco, Dom Samir Nassar, numa mensagem enviada
à Agência Fides.
Dom Nassar se detém sobre alguns fatos recentes que inspiraram
sentimentos ambivalentes entre os batizados na Síria: a renúncia de Bento XVI, a visita
a Damasco do Patriarca maronita Boutros Bechara Rai, e o êxodo dos fiéis da Igreja
greco-ortodoxa. A renúncia do Santo Padre – escreve Dom Nassar – mexeu de modo especial
com os cristãos sírios: a oração e os apelos de Bento XVI pela paz na Síria, junto
a seus gestos de caridade concreta, “fizeram com que este Papa se tornasse muito próximo
a este povo esquecido".
Um fato positivo citado na mensagem do Arcebispo é
a recente visita a Damasco do Patriarca maronita para a entronização do novo Patriarca
greco-ortodoxo de Antioquia, João X Yazigi. Boutros Bechara Rai foi acolhido por milhares
de cristãos, que o vieram como um mensageiro "de paz e de esperança".
"A guerra
do Iraque provocou o êxodo em massa dos seus cristãos… A guerra na Síria terá as mesmas
consequências?", questiona o Arcebispo maronita, pedindo também que se reza a “Nossa
Senhora dos sem refúgio” pelos sacerdotes nas mãos dos sequestradores desde 9 de fevereiro
e por todos os milhares de desaparecidos por causa do conflito sírio. (BF)