Brasília (RV) - A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família (CEPVF),
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), vem motivar as comunidades, para
que se associem em prol da defesa da família, e por crer que a família é a primeira
e fundamental expressão da natureza social do homem, a célula social, a menor e primordial
comunidade humana de amor e de vida. Neste sentido, a CEPVF produziu um texto que
sugere a forma como comunidades devem proceder para implantar as Associações de Família.
O material também aborda como os grupos deverão se estruturar, e como deverão se direcionar
na consolidação das associações.
O principal objetivo da Associação de Famílias
está em congregar pessoas convictas dos verdadeiros valores familiares para que se
empenhem para fortalecer a família proporcionando a ela um clima cultural positivo
e todas as condições para que seja capaz de cumprir suas tarefas, e continuar sendo
o maior recurso disponível para cada pessoa e para a sociedade brasileira. Para o
assessor da CEPVF, Padre Wladimir Porreca, as Associações de Famílias são uma oportunidade
de proporcionar aos membros, olhar para o futuro com esperança.
“É a certeza
de que a família é decisiva para construir ambientes de solidariedade e cooperação,
para favorecer o crescimento humano/cidadão, relacional e espiritual das pessoas,
especialmente dos jovens favorecendo a promoção da paz na sociedade”, descreve o assessor. Leia
o texto da CEPVF:
Como fazer para constituir uma Associação de Famílias? O
grupo da Pastoral Familiar, Movimentos e Serviço podem ser promotores da Associação. 1)
O primeiro passo – congregar e organizar o grupo - é conversar com amigos da Igreja,
com colegas do trabalho e com vizinhos a respeito da família, das ameaças que enfrenta
e da possibilidade de formar uma Associação para tentar proteger esse grande bem.
Esse primeiro passo é fundamental e exige o cuidado de convidar pessoas que concordem
que o bem maior é a família constituída por um homem e uma mulher, que prometem amor
e fidelidade ao longo da vida inteira, fundada no matrimônio e aberta a gerar filhos
e a educá-los. A marca da Associação de Família está em congregar pessoas que amem
e a promovam a vida em abundância. 2) O segundo passo – organização estrutural
- é reunir um grupo de 5 a 10 pessoas para entrar nos detalhes da Associação, dos
objetivos, ler o modelo de Estatutos, conversar a respeito dos sócios, da sede e outros.
É necessário identificar uma sede como endereço da Associação, no qual os membros
da sua diretoria podem encontrar-se. Pode ser uma sala da paróquia, mas pode ser também
outra sala que alguém possa oferecer para essa finalidade. 3) O terceiro passo
– organização direcional e funcional - a) é escolher a diretoria (é preferível que
seja de poucas pessoas, o número necessário para cobrir os cargos que inevitavelmente
devem ser preenchidos). É aconselhável que os diretores da Associação não coincidam
com os coordenadores pela Pastoral Familiar, para evitar que a pessoa fique sobrecarregada,
ou se dedique a uma coisa abandonando a outra. b) Além dos sócios fundadores, pode-se
abrir a categoria de “membros participantes” que participam das atividades, constituem
um amplo conselho, mas não votam, para evitar que se crie uma maioria contrária aos
interesses que deram origem à Associação e a desvirtuem. c) Para os sócios fundadores
e os membros participantes exista uma taxa de adesão (mensal ou anual, sugerimos algo
em torno de R$100,00, pagos de uma vez, uma vez por ano, ou em dez vezes, durante
o ano). Pode-se criar um carnê para recolher contribuições ou outras formas de pagamento.
d) Definida a diretoria, escreve-se a ata da fundação com a eleição dos diversos membros
da diretoria e se levam os estatutos e a ata ao cartório para o registro. Uma vez
registrada a ata, se requer o CNPJ. e) Em seguida, abre-se uma conta bancária que
será movimentada com a assinatura do tesoureiro e do presidente (nunca por uma só
pessoa). f) Com um panfleto que a CNPF deverá fornecer, procede-se à campanha de membros
participantes e se começa a fazer a programação do ano. (SP-CNBB)