Mutilação Genital Feminina: Violação dos direitos humanos
Cidade do Vaticano (RV) - Foi celebrado no último dia 6, o Dia Mundial contra
a Mutilação Genital Feminina (MGF).
Segundo dados divulgados pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 140 milhões de mulheres e garotas com menos de
15 anos sofreram este procedimento atroz em 29 países da África e do Oriente Médio.
Trata-se de 36% de meninas e 53% de mulheres com idade entre 45 a 49 anos.
No
âmbito internacional, a Mutilação Genital Feminina é considerada uma violação dos
direitos humanos para a saúde, segurança e integridade física, além de ser um ato
cruel, desumano e degradante, e uma forma extrema de discriminação contra mulheres
e meninas.
Em 2008, o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e o
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançaram um programa com o objetivo
de eliminar esta prática, ao qual aderiram cerca de 10 mil comunidades de 15 países.
Em dezembro de 2012, a ONU aprovou uma resolução para incrementar as atividades para
a eliminação da mutilação genital feminina.
Também em 2012, mais de 1.700
comunidades africanas se comprometeram publicamente com a erradicação do fenômeno
que diminuiu nos últimos anos, segundo dados do UNICEF.
No entanto, permanecem
em risco 30 milhões de crianças abaixo de 15 anos. Dada a sensibilidade do tema não
é possível fazer um cálculo de mortes, mas os especialistas apontam que muitas jovens
morrem dessangradas ou por causa de infecções durante as semanas seguintes à prática.
Aquelas que sobrevivem estão sujeitas a ciclos menstruais dolorosos, cistos, infecções
do aparelho urinário e uma perda quase total da sensibilidade. Algumas se tornam estéreis.
(MJ)