2013-02-08 20:19:18

Mutilação Genital Feminina: Violação dos direitos humanos


Cidade do Vaticano (RV) - Foi celebrado no último dia 6, o Dia Mundial contra a Mutilação Genital Feminina (MGF).

Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 140 milhões de mulheres e garotas com menos de 15 anos sofreram este procedimento atroz em 29 países da África e do Oriente Médio. Trata-se de 36% de meninas e 53% de mulheres com idade entre 45 a 49 anos.

No âmbito internacional, a Mutilação Genital Feminina é considerada uma violação dos direitos humanos para a saúde, segurança e integridade física, além de ser um ato cruel, desumano e degradante, e uma forma extrema de discriminação contra mulheres e meninas.

Em 2008, o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançaram um programa com o objetivo de eliminar esta prática, ao qual aderiram cerca de 10 mil comunidades de 15 países. Em dezembro de 2012, a ONU aprovou uma resolução para incrementar as atividades para a eliminação da mutilação genital feminina.

Também em 2012, mais de 1.700 comunidades africanas se comprometeram publicamente com a erradicação do fenômeno que diminuiu nos últimos anos, segundo dados do UNICEF.

No entanto, permanecem em risco 30 milhões de crianças abaixo de 15 anos. Dada a sensibilidade do tema não é possível fazer um cálculo de mortes, mas os especialistas apontam que muitas jovens morrem dessangradas ou por causa de infecções durante as semanas seguintes à prática. Aquelas que sobrevivem estão sujeitas a ciclos menstruais dolorosos, cistos, infecções do aparelho urinário e uma perda quase total da sensibilidade. Algumas se tornam estéreis. (MJ)







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