2013-02-07 18:22:23

Sacerdote egípcio: cristãos no Oriente Médio não chegam a 10% da população


Roma (RV) – No início do século passado os cristãos no Oriente Médio representavam 20% da população. Atualmente, não chegam a 10%. Em Jerusalém e em Nazaré eles representam 2% da população, enquanto o Líbano continua sendo o país com o maior percentual de cristãos, 35%, apesar da contínua diminuição. Os cristãos emigram da região devido aos conflitos e às perseguições.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o sacerdote jesuíta egípcio, Samir Khalil Samir, advertiu que ‘quanto mais os cristãos abandonam o país, mais se convertem em uma minoria e os seus direitos são seriamente atingidos”.

“Com a diminuição de elementos cristãos – ressaltou o sacerdote – se retrocede na economia, porém muito mais na política, mas sobretudo, naquilo que está relacionado com os direitos humanos, com a situação da mulher, com a liberdade religiosa, o progresso social, os direitos sociais para os mais pobres e os mais fracos”.

“Por este motivo – explica Padre Samir -, mesmo alguns muçulmanos - entre intelectuais, políticos e mesmo pessoas com uma cultura mediana -, dizem: ‘Por favor, não vão embora, permaneçam! Há muitos séculos vivemos juntos!”

Em relação à convivência entre muçulmanos e cristãos nos países do Oriente Médio, o jesuíta observou que “quase sempre” teve desgostos, porém, “o que vivemos hoje em todo o mundo islâmico é uma constante radicalização dos protestos contra o poder mundial que vem definido como ocidente, o qual os muçulmanos consideram como cristão, mesmo que esteja se descristianizando cada vez mais. Isto tudo repercute nos cristãos locais’. (JE)









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