Papa encontra novo Patriarca Caldeu: cristãos sejam semente de reconciliação e acolhimento
Cidade do Vaticano (RV) - Bento XVI iniciou seus compromissos desta segunda-feira
recebendo em audiência, no Vaticano, o novo Patriarca de Babilônia dos Caldeus, Sua
Beatitude Louis Raphaël I Sako, acompanhado pelos membros do Sínodo dos Bispos da
Igreja Caldeia que o elegeram sexta-feira passada em Roma.
Após o encontro,
o patriarca presidiu na Basílica Vaticana a uma Divina liturgia durante a qual se
realizou a celebração pública da Ecclesiastica Communio a ele concedida pelo Santo
Padre.
Tratou-se de um encontro repleto de fraternidade e esperança: de fato,
o Pontífice acolheu com grande afeto o novo patriarca caldeu acompanhado pelos membros
do Sínodo. Depois, durante a Divina liturgia, o prefeito da Congregação para as Igrejas
Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, citou as duas cartas que Bento XVI endereçou a
ele e ao novo patriarca.
Em ambas, o Papa "menciona a graça do martírio não
somente como dom precioso dos tempos passados, mas como dimensão permanente da autenticidade
cristã".
A primeira visita ao Iraque, "que fiz recentemente – frisou o Cardeal
Sandri –, evocou justamente a cruz gloriosa de Jesus. E a escolha do novo Patriarca
Caldeu, feita no Celio, a colina de Roma onde os Padres Passionistas ergueram o estandarte
do Crucificado que Ressuscitou, simbolicamente a confirmou como fonte de vida e ressurreição".
Em
seguida, o purpurado confiou o novo patriarca "ao amor sem limites d'Aquele que obedeceu
até a morte, ao amor que abraça céu e terra e abate toda discórdia a fim de que a
paz seja profunda".
Imploremos graças especiais e bênçãos sobre o novo patriarca
– prosseguiu – "para que como o Bom Pastor possa enxugar as muitas lágrimas do povo
iraquiano, e consolar, encorajar, sempre pacificar irmãos e filhos e acompanhá-los
no testemunho".
O Cardeal Sandri fez votos de que o novo patriarca possa "ser
modelo de seguimento e sinal de esperança" para todos os batizados, os quais – como
disse o Papa – possam tornar-se, graças à Eucaristia, semente de "reconciliação, acolhimento
recíproco e paz". (RL)